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Briga entre irmãos Ciro e Cid Gomes faz PT ganhar 5 prefeitos e 1 deputado

A briga entre os irmãos Ciro e Cid Gomes se tornou pública em 2022 com o fim da aliança de 16 anos entre o PT e o PDT no Ceará

Ciro Gomes foi candidato a presidente da República e não quer mais se alinhar com o partido de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem foi ministro da Integração Nacional -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Ciro Gomes foi candidato a presidente da República e não quer mais se alinhar com o partido de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem foi ministro da Integração Nacional - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
postado em 18/12/2023 08:12 / atualizado em 18/12/2023 08:12

Em mais um capítulo envolvendo a briga entre os irmãos Cid e Ciro Gomes no Ceará, cinco prefeitos, além do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado estadual Evandro Leitão, abandonaram o PDT e decidiram se filiar ao PT.

Os políticos fazem parte do grupo do senador Cid Gomes (PDT-CE), mas não quiseram esperá-lo para pularem do barco em busca de um novo partido.

Cid também está de saída do PDT, mas não tem um destino definido, uma vez que seu nome enfrentou resistência no PT. Em entrevista ao Diário do Nordeste, o presidente do partido no Ceará, Antonio Filho, explicou que não tem como comportar todo o grupo de Cid Gomes. "São 43 prefeitos, além de 15 deputados. Isso tem repercussão em situações locais e regionais", justificou.

O ato de filiação de Leitão ocorreu neste domingo, 17, em um hotel na Avenida Beira-Mar, em Fortaleza. O evento contou com as presenças dos principais nomes do PT no Ceará: o ministro da Educação, Camilo Santana, o líder do governo Lula na Câmara, deputado José Guimarães, e o governador Elmano Freitas.

O ato de filiação dos prefeitos "neopetistas" foi adiado para o início do próximo ano. O PT, no entanto, já anunciou alguns nomes. São eles, os prefeitos de Granja, Aníbal Filho; de Chaval, Sebastiãozinho; de Icó, Laís Nunes; de Uruoca, Kennedy Aquino; e de Barbalha, Dr. Guilherme. Todos eles estavam filiados ao PDT.

Também se juntarão ao partido os prefeitos de Aurora, Marcone Tavares (ex-PSD); de Nova Olinda, Ítalo Brito (ex-PP); de São Gonçalo do Amarante, Professor Marcelão (estava sem partido). Com isso, o PT passará a comandar 40 prefeituras no Estado, ultrapassando o PDT e se tornando o partido com mais Executivos municipais no Ceará.

A briga entre os irmãos Ciro e Cid Gomes se tornou pública em 2022 com o fim da aliança de 16 anos entre o PT e o PDT no Ceará. Ciro Gomes foi candidato a presidente da República e não quer mais se alinhar com o partido de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem foi ministro da Integração Nacional.

Neste ano, a disputa se estendeu ao comando do partido. No último dia 10 de novembro, o juiz Cid Peixoto do Amaral Neto, da 3ª Vara Cível de Fortaleza, suspendeu a intervenção do comando nacional do PDT no diretório estadual da legenda no Ceará. Na prática, a decisão liminar devolveu o comando do diretório a Cid Gomes.

Na decisão, o magistrado suspendeu a intervenção e o processo ético-disciplinar abertos contra Cid Gomes dentro do partido. A intervenção havia sido determinada pela executiva do partido depois de uma reunião acalorada que contou com bate-boca e troca de ofensas entre os irmãos.

Comando do PDT no Ceará é estratégico para eleições do ano que vem

O comando da sigla no Ceará é estratégico para construir alianças de olho nas eleições municipais de 2024. Os ânimos se acirram, principalmente, com a disputa por Fortaleza. Aliado do prefeito José Sarto (PDT), Figueiredo defende a sua reeleição, enquanto outros consideram alternativas.

Em junho, Cid Gomes e André Figueiredo selaram um acordo de paz, com o deputado pedindo licença do cargo e entregando provisoriamente a função ao senador até novembro. O acordo não chegou ao fim após novos desentendimentos. Um deles envolveu o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT), que vinha se colocando como opção para as eleições na capital.

Em agosto, sob o comando de Cid Gomes, o diretório estadual entregou uma carta de anuência para que Leitão pudesse deixar a sigla sem perder o mandato. A validade do documento foi contestada pela executiva nacional do PDT.

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