O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quinta-feira (14/12), que confia na comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar o afundamento do solo em Maceió (AL), causado pela exploração de sal-gema pela Braskem. Para ele, a CPI “fará um trabalho técnico meticuloso e profundo e de apuração de responsabilidades”.
"O povo de Maceió não pode ser prejudicado", escreveu o deputado no X (antigo Twitter). "O compromisso público do presidente da CPI, senador Omar Aziz, é nesse sentido. Portanto esta CPI não deve ser um palanque político, e sim, uma chance de Maceió e seus moradores buscarem reparação".
Confio que a CPI criada pelo Senado para investigar os problemas da exploração de sal-gema em Maceió pela Braskem fará um trabalho técnico meticuloso e profundo e de apuração de responsabilidades. O povo de Maceió não pode ser prejudicado. [+]
— Arthur Lira (@ArthurLira_) December 14, 2023
A CPI da Braskem, instalada esta semana pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), membro mais velho do colegiado, promete ser uma arena de embate político, com Lira aliado ao prefeito da capital alagoana, João Henrique Caldas (PL), o JHC, e o autor do pedido de instalação da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), cacique do grupo que apoia o governador do estado, Paulo Dantas, também do MDB.
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O homem de confiança de Lira no colegiado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), é contra entregar a relatoria (cargo mais importante da CPI) ao senador Renan Calheiros.
"Dentro do que foi conversado nas quatro paredes, gostaria, em público, (de dizer que) que fique claro que nenhum senador do estado será o relator. Em busca de isenção, para não colocar em xeque a credibilidade da condução dessa CPI. Eu vou sair extremamente insatisfeito se não tiver aqui, formal e cabalmente, dito por todos, que Renan Calheiros não será o relator", disse Cunha.
A reunião citada pelo senador se deu no Palácio do Planalto, na última terça-feira (12), com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para apaziguar ânimos, uma vez que o governo teme desgaste envolvendo as empresas sócias da Braskem: Petrobras e Novonor (antiga Odebrecht).
O impasse na relatoria barrou a tentativa de repetir a dobradinha da CPI da Pandemia, com Omar e Renan no comando dos trabalhos.
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