A Justiça do Rio de Janeiro condenou Caio Silva de Souza a 12 anos de prisão pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, que faleceu após ser atingido por um fogo de artifício durante um dos protestos contra o aumento no preço das passagens. Um outro homem que foi acusado, Fabio Raposo Barbosa, foi inocentado.
Ambos respondiam por homicídio doloso, ou seja, com a intenção de matar, com uso de material explosivo. Por se tratar de crime contra a vida, ou seja, hediondo, eles foram a júri popular. No entanto, no caso de Fábio, o júri entendeu que não existem provas para comprovar autoria dele.
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Ele alegou que viu um objeto no chão e pegou, sem saber que era um explosivo. Fábio disse que Caio pediu insistentemente o objeto e que após isso, ele saiu com os olhos irritados em razão de gás lacrimogêneo lançado pela polícia.
Condenado responde em liberdade até esgotar os recursos
Raposo afirmou, também, que não viu a hora em que Caio acendeu o foguete e que o cinegrafista foi atingido. O momento em que Santiago é ferido foi gravado pela TV Brasil. "Na praça, eu encontrei um objeto preto no chão e veio uma outra pessoa. Ele me pediu e eu entreguei o artefato. Essa outra pessoa foi para distante. E eu não me recordo de fato de como foi ou o que aconteceu", disse Fábio, durante o julgamento.
"Eu não vi exatamente o que ele fez com o rojão. Eu estava há poucos metros. Escutei sim. Só não sei o que de fato o Caio fez. Eu não tenho como dizer, estava com meus olhos ardidos. Eu sei que eu entreguei para outra pessoa e essa pessoa é o Caio", completou.
A pena de Caio é em regime fechado, mas ele poderá responder em liberdade até que se extingam todos os recursos possíveis. O Ministério Público afirmou que vai recorrer da decisão em relação a Fábio.
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