Em pronunciamento antes da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta quarta-feira (13/12), o subprocurador Paulo Gonet, escolhido para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmou ser uma “honra” poder ser avaliado pelos congressistas para o cargo que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele destacou sua trajetória profissional e a campanha realizada na Casa em prol de sua deliberação.
“É uma especial honra poder estar perante vossas excelências para me submeter ao escrutínio ao ensejo da minha indicação para o cargo de procurador-geral da República efetuada pelo senhor presidente da República. Nos últimos dias, procurei agendar visitas a todos os membros da Casa, com o propósito de me apresentar pessoalmente antes de mesmo da arguição do plenário dessa comissão. [Mas] A exiguidade do tempo não me permitiu satisfazer totalmente esse intuito”, disse.
- Oposição pede sabatina individualizada, mas Alcolumbre nega
- Flávio Dino e Paulo Gonet: como será a sabatina nesta quarta?
“De toda sorte, espero poder expor a todos os pontos de interesse que podem ser suscitados a proposta de minha indicação. Como candidato à Procuradoria-Geral da República, é motivo de sentimento de responsabilidade. Toda minha vida profissional foi marcada pela atividade jurídica, que se tornou minha paixão desde o início do meu ingresso na Universidade de Brasília (UnB), em 1979. Ser apresentado a vossas excelências como um indicado ao cargo culminante do Ministério Público me propicia imensa satisfação pessoal e me anima com maior intensidade ainda ao enorme desafio de conduzir o MPF ao encontro cada vez mais próximo da sua vocação constitucional”, completou o indicado.
Apoio da oposição
Paulo Gustavo Gonet Branco tem boa aceitação e trânsito entre os parlamentares de oposição ao governo, principalmente na ala dos bolsonaristas mais radicais. Além da atuação no Ministério Público Federal (MPF), ele é conhecido por seu perfil conservador e católico. Ao contrário do ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o subprocurador tem recebido promessas de votos dos parlamentares do PL e deve ser aprovado no plenário do Senado com tranquilidade.
Gonet foi colocado entre os cotados para o cargo após um forte apoio dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Ele já foi sócio do decano no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e, atualmente, atua como vice-procurador-geral Eleitoral. Na primeira semana após a indicação do presidente Lula, o subprocurador recebeu publicamente o apoio de senadores como Carlos Portinho (PL-RJ) e Izalci Lucas (PSDB-DF), por exemplo.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br