Planalto

Lula: "Temos que mexer com o coração do presidente do BC para reduzir juros"

Apesar das previsões de queda lenta nos juros, presidente ainda defendeu que o Brasil vai crescer em 2024

Lula sobre o Brasil:
Lula sobre o Brasil: "É preciso parar de chorar e de se lamentar. O país é do tamanho da nossa criatividade" - (crédito: Cláudio Kbene/PR )
postado em 12/12/2023 15:36

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a taxa de juros do Banco Central, sob liderança de Roberto Campos Neto. A Selic está em 12,25% ao ano e tem expectativa de cair para 11,75% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta quarta-feira (13/12).

"Nós temos que ir atrás, em algum lugar nós temos que ter, nós temos que mexer com o coração do presidente do Banco Central para que ele reduza um pouco os juros porque as pessoas estão querendo tomar dinheiro emprestado. Os governadores podem ajudar fazer pressão, vamos baixar os juros gente. Fazer o banco emprestar para criar empregos", apontou.

O consenso de analistas do mercado é que o colegiado, liderado pelo presidente do BC, Campos Neto, anunciará, amanhã, ao fim do segundo dia de reunião, mais um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), conforme sinalizado na reunião anterior. A decisão manteria o ritmo do ciclo de baixa iniciado em agosto e levaria a taxa para 11,75% ao ano.

Crescimento

Apesar das previsões, Lula defendeu que o Brasil vai crescer em 2024. "Vamos criar nós as condições desse país crescer e esse pais pode crescer, sim, em 2024, o tanto que cresceu em 2023. Nós temos projeto, bancos, empresários, disposição de fazer esse país crescer. É preciso parar de chorar e de se lamentar. O país é do tamanho da nossa criatividade", alegou.

"Esse país vai crescer, quem tiver apostando que esse país vai ter um decréscimo muito grande no crescimento quero que esteja em dezembro do ano que vem aqui para a gente ver o que aconteceu porque vai aparecer dinheiro privado, investimento externo, por isso fomos para Dubai, Catar, Arábia Saudita, Alemanha", continuou, citando suas últimas viagens internacionais.

"Depois de dois mandatos presidenciais, nunca vi tanto amor para dar ao Brasil. Vamos aproveitar a possibilidade de transição energética e fazer do país a maior potencia de produção de energia renovável do planeta, e se eles quiserem comprar que venham comprar."

E emendou: "Nós vamos terminar o 2023 muito melhor do que todas as previsões de 2002, muito melhor do que todas as previsões de esquerda, direita e centro".

Por fim, disse que o Brasil vai "disputar a sexta, a sétima economia do mundo", em referência ao fato de que, recentemente, o país saltou para a posição de número 9, com PIB calculado em US$ 2,126 trilhões. O Brasil ficou à frente de Canadá, Rússia, México, Coreia do Sul, Austrália e Espanha. "Não há nenhuma explicação desse país ter o potencial extraordinário que tem e a gente ficar reclamando, lamentando. Temos que fazer as coisas acontecer", concluiu.

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