O senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu, nesta terça-feira (12/12), estar “buscando um caminho para resolver o problema” do afundamento do solo em Maceió, causado pela exploração de sal-gema pela Braskem.
O senador e autor do requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar o caso se reuniu mais cedo no Planalto com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Renan Filho (Transportes), bem como com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o prefeito da capital alagoana, João Henrique Caldas (PL), e o governador Paulo Dantas (MDB); além da bancada alagoana no Congresso.
O governo tenta barrar a instalação do colegiado, visando evitar desgastes com Lira e Renan, adversários políticos e importantes aliados na Câmara e no Senado. No entanto, Renan está decidido a instalar a CPI e questionou se Rui Costa “fala pela Braskem”.
“Nada pode ser alternativo aos caminhos que temos buscado. Fomos ao Tribunal de Contas da União, à CPI, ao Supremo, à Justiça comum, estamos entrando com ADPFs [Arguição de descumprimento de preceito fundamental]. Qualquer caminho não vai criar dificuldade para uma saída negociada, conciliada, ninguém é contra isso. (...) O acordo não é com o governo, quem cometeu crime foi a Braskem. A Braskem tem que ser responsabilizada por isso”, comentou Renan.
Outro possível empecilho para a CPI é o indicado do PSD para compor o colegiado: o líder Otto Alencar (BA). Como o membro mais velho, ficaria a cargo dele instalar a comissão.
Segundo Calheiros, a sessão de instalação, marcada para as 15h de hoje, estaria mantida, porém a assessoria de Otto Alencar afirmou ao Correio que a sessão não foi convocada.
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