O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (12/12), que bancos públicos como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal (CEF) devem garantir empréstimos para estados e municípios. A declaração ocorreu durante cerimônia de anúncio de financiamento dos bancos públicos para investimentos nos estados, no Palácio do Planalto.
"Tem [empréstimo] porque eu sou presidente e decidi que o BNDES é parte preponderante no investimento do desenvolvimento deste país, na execução do PAC, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNB e o Basa. É para isso que existem os bancos públicos, para fazer aquilo que muitas vezes a iniciativa privada não quer fazer", apontou.
"A orientação é essa: prefeito não é bandido, governador não é bandido. Se ele tiver as contas em dia, ele tem direito, sim, de ir ao banco e pedir o financiamento, e o banco financiar", prosseguiu.
"Para quê serve um banco se quando o estado, tem condição de pagar, pede um dinheiro e eles não dão? Para quê que serve? Isso é uma coisa muito sagrada para mim e tem muito a ver com o presidente, com a disposição. Tem gente que não quer que empreste mesmo. Tem gente que acha que o dinheiro do BNDES deveria ser devolvido para os cofres do Tesouro, quando na verdade o dinheiro é para investir", completou o presidente.
Financiamento
As operações de crédito do BNDES, da Caixa Econômica e do Banco do Brasil (BB) em 2023 superaram a soma dos quatro anos anteriores.
Em operações de crédito, por ente público, foram R$ 32,1 bilhões em 16 estados e R$ 24,3 bilhões em 805 municípios de 25 estados. Por exemplo, o BNDES aprovou operações com os estados de São Paulo, Pará, Mato Grosso do Sul, Ceará, Santa Catarina, Espírito Santo, Maranhão e Sergipe, totalizando R$ 18,2 bilhões.
A Caixa aprovou operações de crédito no estado de Pernambuco, totalizando R$ 2,3 bilhões. Já o BB aprovou as operações no Distrito Federal e em Pernambuco, no total de R$ 700 milhões.
Entre os objetivos dos investimentos, a área de saneamento recebe maior operação de crédito, com R$ 15 bilhões, seguida por mobilidade, com R$ 13,2 bilhões; infraestrutura urbana, com R$ 10,1 bilhões; multieixos, que inclui transportes, infraestrutura urbana e social, com R$ 5,5 bilhões; e transportes, com R$ 3,9 bilhões. Mais de R$ 23,5 bilhões em operações de crédito estão em andamento, informou o Planalto.
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