Na véspera da sabatina e votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado dos nomes do ministro Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), e do subprocurador Paulo Gonet, para a Procuradoria-Geral da República, o governo faz suas contas de quantos votos cada um pode alcançar.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acredita que Dino deve receber no plenário entre 48 a 52 votos. Para ser confirmado ministro do STF e futuro PGR, os indicados precisam do aval da maioria absoluta dos parlamentares, ou seja, do apoio de 41 senadores.
"O nome de Flávio Dino será aprovado e do doutor Gonet também. Com votação (Gonet), arrisco dizer, mais folgada. Mas o senador e ministro Dino, que espero que seja o futuro ministro do STF, com votação entre 48 a 52 votos", disse Randolfe nesta terça-feira (12/12).
O senador não entende ser polêmico o formato da sabatina escolhido pelo presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), que decidiu ouvi-los de forma simultânea, com Dino e Gonet sendo arguidos juntos pelos integrantes da comissão.
"Existem precedentes nesse sentido. Não, claro e por óbvio, no caso de PGR e um indicado para o Supremo ao mesmo tempo. Mas há outros precedentes. Na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), por exemplo, há duas autoridades indicadas para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sendo sabatinados simultaneamente nesse momento", disse.
A votação da indicação de Dino e Gonet está marcada para amanhã (13), a partir das 9h na CCJ. Os dois têm circulado pelo Senado nesses dias, inclusive nesta véspera da reunião, buscando apoio aos seus nomes.
Dino enfrenta resistência da oposição, ao contrário de Gonet, que tem sido recebido nos gabinetes de aliados de Bolsonaro, que até já anunciaram apoio ao subprocurador. O ministro da Justiça, desde o início do governo, tem protagonizado entreveros com os deputados bolsonaristas, que resistem à sua indicação.
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