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Caiado defende que União Brasil dispute a eleição presidencial de 2026

Cotado para candidato à presidência pelo partido, o govenador de Goiás defende que "se o 3º maior partido do país não estiver planejando disputar uma eleição majoritária, então não é um partido"

"O partido não pode se omitir. Em um momento como esse (eleição de 2026), o partido tem que ter uma opção partidária para poder debater o processo de 2026", salientou Caiado - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 11/12/2023 19:28

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que o partido dele, o União Brasil, precisa ter uma candidatura para as eleições presidenciais de 2026 e se colocou como um nome na disputa. O médico explicou que, após a convenção nacional do União Brasil realizada em fevereiro deste ano, o partido passa por uma repaginação para trabalhar debates de forma mais política, inclusive a respeito de quem será o representante da sigla em 2026.

Caiado foi o convidado da edição especial do CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília —, desta segunda-feira (11/12).  “O partido vai funcionar com uma estrutura partidária, e nós sabemos fazer o jogo partidário. Não tínhamos essa harmonia para o debate. O partido será repaginado dentro da pauta de debater política e decisões”, disse o governador sobre a convenção de fevereiro que determinou a saída de Luciano Bivar da presidência do partido para dar lugar a Antônio Rueda. Caiado assumiu a Curadoria da Fundação.

Cotado para ser o candidato da legenda à presidência, Caiado não omitiu a vontade de trabalhar para ser aceito como tal pelo partido, mas afirmou que a decisão deverá ser tomada por debates da convenção do União Brasil.  "O meu nome é citado, eu não só fico honrado, como também jamais me omiti em dizer que vou trabalhar para que no amanhã, tendo a confiança do partido e construindo alianças partidárias, possa disputar uma eleição. Acho também que há vários colegas que podem se colocar, essa é uma decisão da convenção nacional do partido", disse. 

O governador destacou que o mais importante é que o partido tenha um nome para disputar às próximas eleições presidenciais. “O partido não pode se omitir. Em um momento como esse (eleição de 2026), o partido tem que ter uma opção partidária para poder debater o processo de 2026”, salientou.

Para o governador, a reestruturação no União Brasil foi benéfica para o funcionamento do partido, que passava por um período turbulento antes da realização da convenção. “Da maneira como ela (a executiva do partido) foi comandada pelo Bivar, não tinha uma pauta, uma consulta prévia, uma resolução conjunta de como se comportar diante de problemas que são partidários, não são de ordem pessoal, são do partido”, afirmou.

 

Caiado não acredita que a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abra portas para uma união de diferentes campos da direita sob uma representação comum. Para ele, o “universo” da direita é compartilhado por muitos partidos com pensamentos diversos, o que torna difícil prever esse tipo de decisão de forma tão antecipada ao pleito. “Num primeiro momento, você não consegue aglutinar todas as forças (da direita) numa única candidatura. Não se sabe como os partidos irão se ajeitar num primeiro momento. Haverá alianças entre dois ou três partidos? Se sim, ótimo. Uma pulverização maior já dificulta a nós saber. Tudo na política demora a acontecer”, alegou.

Eleições municipais de 2024

Segundo Ronaldo Caiado, o grande desafio e foco principal do União Brasil são, atualmente, as eleições municipais de 2024. Para o partido, é importante tentar conseguir o maior número possível de prefeituras sob a legenda e pensar em quais delas priorizar.

O governador do Goiás não acredita que a polarização terá grande impacto nas eleições municipais de 2024. Para ele, esse tipo de pleito normalmente é decidido por questões que afetam de forma mais direta a vida nos municípios, o que implica numa maior individualidade. “ A vida no município não terá tamanha ingerência nacional, não com essa influência de decidir uma campanha eleitoral”, argumentou.

Caiado alegou ver mais chances de que a polarização afete, de forma contundente, o pleito de 2026. “Acho que o grande debate (sobre polarização), mesmo, será o das eleições de 2026”, ressaltou.

Contudo, o governador diz ser quase impossível que o ex-presidente Bolsonaro não se envolva na campanha política das próximas eleições municipais para tentar alavancar a densidade eleitoral dele e de outros representantes de do partido dele, o PL. Caiado vê como certa a possibilidade de que o ex-chefe do Executivo visite o maior número possível de municípios no próximo ano.

“Bolsonaro com certeza se envolverá nas eleições de 2024. Se ele não foi eleito presidente da República, ele vai sair a campo em todas as cidades que ele puder caminhar. Não se pode descartar a força política que ele tem nessas regiões que ele escolher para atuar na campanha para as prefeituras”, afirmou Caiado.

*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori

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