CONJUNTURA

Deputados mineiros prestam solidariedade a Haddad em embate com Zema

Parlamentares das Câmaras federal e estadual de Minas Gerais reuniram-se com o ministro da Fazenda para manifestar apoio na busca de soluções para a dívida estadual de R$ 160 bilhões. O governador Zema acusa o governo federal de não apresentar saídas

Veto foi uma vitória do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para quem o benefício prejudica a estratégia de aumentar a arrecadação -  (crédito: Washington Costa/MF)
Veto foi uma vitória do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para quem o benefício prejudica a estratégia de aumentar a arrecadação - (crédito: Washington Costa/MF)
postado em 08/12/2023 17:39

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu, na tarde desta sexta-feira (8), 14 deputados mineiros, entre federais e estaduais, que fazem oposição ao governador Romeu Zema, para discutirem alternativas ao Regime de Recuperação Fiscal (RFF) do estado. Há cerca de duas semanas, o governador e o governo federal trocam acusações por causa do impasse relacionado à dívida de R$ 160 bilhões.

Na quarta-feira, Zema disparou que “até agora ninguém apreciou” a proposta apresentada em uma reunião com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Haddad. “Ficou falação e até agora não teve nenhuma ação efetiva por parte do governo federal”, disse o governador.

Hoje, os parlamentares vieram a Brasília para manifestar solidariedade a Haddad e rebater o governador. “O governador tem que entender onde ele senta e qual é o papel dele, como governador. Porque ele está discutindo com pessoas sérias. Seja na pessoa do ministro Fernando Haddad, seja na pessoa do presidente Lula ou nos deputados e deputadas que tem história de Lula”, disse o de Deputado Ulysses Gomes (PT).

O governador havia apresentado à Assembleia Legislativa, um Projeto de Lei autorizando estado a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal. Mas o projeto encontrou resistência porque, no entender da oposição, ele sacrifica as politicas públicas e o salário dos servidores. A proposta consiste em controle severo dos gastos públicos e a elevação salarial acima da inflação apenas duas vezes, em nove anos. Além disso, quando o governo começar a pagar a dívida, em nove anos, ela estará em R$ 210 bilhões.

“Viemos demonstrar posição contrária ao modelo de regime montado pelo Zema e as consequências desse plano na vida dos servidores e de políticas públicas”, disse o parlamentar, completando ainda que “ao mesmo tempo, há força e unidade no sentido de apoiar a construção de outra alternativa”.

“O regime se comprovou que é mentiroso, porque não resolveu o problema de Minas, já que eleva a dívida para R$ 210 bilhões. E se mostrou perverso porque ataca a vida de servidores e de políticas públicas na vida do povo”

Numa reunião com o presidente Lula, Pacheco, juntamente com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeu Leite (MDB), apresentaram um conjunto de propostas sobre as quais os Gomes e os parlamentares da oposição querem discutir com Haddad.

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