Levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com o Ipesp (Instituto de Pesquisa e Pós Graduação), mostra a perspectiva do brasileiro sobre a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto. 51% dos participantes aprovam a condução do Executivo — mesmo percentual registrado em fevereiro, com menos de dois meses de governo. A reprovação ao petista aumentou 6 pontos percentuais (p.p.) durante o período, atingindo 42% ao final do primeiro ano do terceiro mandato. 7% não quiserem responder.
A pesquisa também mostra que o brasileiro está mais otimista com o caminho que o país deve trilhar no próximo ano. Para seis em cada dez pessoas (59%) que responderam à pesquisa, o Brasil vai melhorar em 2024, o que indica um aumento de 4 p.p. em relação à sondagem feita no final do ano passado.
“Os resultados desta edição de dezembro refletem o balanço positivo de 2023 e o otimismo com a chegada do novo ano. Isso está em linha com a melhora da percepção sobre sua vida pessoal, o que se pôde ver, por exemplo, com menor expectativa de inflação e a queda na perspectiva de endividamento, para o que deve ter contribuído o Programa Desenrola, apoiado pelos bancos”, aponta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.
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Ainda segundo o estudo, cerca de metade (49%) dos brasileiros avalia que o país está melhor do que em 2022. O índice reflete o maior percentual da série histórica em um intervalo de 12 meses. Na comparação com o final do ano passado, o aumento foi de 10 pontos percentuais. Além disso, a avaliação de que o país está "igual" foi de 25% para 30% durante o período, e os que acreditam que a situação piorou caíram de 34% para 20% no último ano.
Já em relação à vida e à família em 2024, a perspectiva do brasileiro permaneceu estável em relação a dezembro do ano passado, em 74%. Aqueles que não vislumbram mudanças passaram de 11% para 14%, enquanto os que creem em piora oscilaram de 10% para 9%. A parcela daqueles que declararam melhoria de vida em 2023 subiu três pontos, de 43% para 46%.
“O sentimento das pessoas oscilou ao longo do ano, o que é natural, mas terminar o ano olhando para a frente com melhores expectativas pode ajudar a influenciar de forma benigna 2024”, destacou, ainda o sociólogo.
*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes
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