Quem passou pelos arredores do Congresso Nacional nesses últimos dias não deve ter deixado de notar que o coelho Sansão, sim, o amigo de pelúcia azul inseparável da Mônica, invadiu o Senado Federal. E ele não está sozinho. A equipe da Maurício de Sousa Produções esteve presente na Casa Legislativa, nesta quarta-feira (6/12), para o evento que marca a 17ª Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência. Na ocasião, crianças de escolas públicas e filhos de funcionários da Casa puderam fazer um tour pelo local e encontrar os personagens Luca e Dorinha.
“Faz muito sentido a gente estar envolvido com essas ações porque a gente traz a diversidade para o bairro do Limoeiro a fim de promover essa inclusão”, explica Marcelo de Sousa, filho do criador da Turma da Mônica e coordenador de projetos da Mauricio de Sousa Produções.
Luca, que é cadeirante, e Dorinha, que é cega, não são os únicos personagens com deficiência dentro do universo das histórias. Tem a Sueli, uma menina surda que se comunica pela Língua Brasileira de Sinais (Libras); o Humberto, criança não oralizada que também utiliza Libras; André, uma criança com autismo, e vários outros.
Além da visitação, que contou com turmas às 9h30, 10h30, 14h30 e 15h30, integrantes da produtora participaram da reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Na audiência pública de hoje, os senadores lançaram o Plano de Acessibilidade do Senado Federal. Larissa Purvinni, coordenadora de relações institucionais da Mauricio de Sousa Produções, discursou durante a reunião.
“É muito importante que as crianças possam se ver representadas nas histórias”, comenta Larissa. “O Maurício é um grande alfabetizador informal, então temos essa missão. Ela destaca que é fundamental levar mais acessibilidade para as histórias como a audiodescrição e o braile".
O coelho Sansão, que faz parte da exposição itinerante "Coelhadas Gigantes", segura um grande girassol. A flor, de acordo com a Lei n° 14.624 de 2023, é símbolo que identifica pessoas com deficiências ocultas. Isto é, aquelas que podem passar despercebidas quando se olha para alguém, como a surdez e o transtorno do espectro autista.
Marcelo de Sousa se emocionou com a beleza do encontro com os personagens. “Tinha crianças de 0 a 99 anos. Vi pais de crianças autistas com os olhos cheios de lágrima, foi lindo de ver.”
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