A Justiça Federal de Minas Gerais determinou a libertação dos dois homens presos por suspeita de ligação com o grupo terrorista islâmico Hezbollah. Os dois haviam sido alvo da operação Trapiche, da Polícia Federal, realizada em 8 de novembro, utilizando informações repassadas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos e de Israel.
A decisão foi publicada na noite de terça-feira (5/12) pela juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, da 2ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte, e atendeu ao pedido da própria PF, que, passado um mês da prisão, pediu que eles fossem colocados em liberdade.
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A investigação, aberta em outubro, depois de um memorando da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, através do Escritório do Adido Legal do FBI, alertando para as suspeitas de ligação desses brasileiros com terroristas.
A suspeita do FBI e da Mossad (serviço de inteligência israelense) aconteceu depois que os dois brasileiros fizeram uma viagem considerada suspeita ao Líbano. Segundo o documento recebido pela PF, o FBI identificou que esses nacionais teriam se encontrado com grupos suspeitos de atividade terrorista no país do Oriente Médio, que é parcialmente dominado pelo grupo extremista.
Os dois detidos pela PF negaram qualquer participação em planos terroristas. Os detidos foram o autônomo Lucas Passos Lima, 35 anos, preso no aeroporto de Guarulhos (SP), quando voltava do Líbano, e o técnico em plásticos Jean Carlos de Souza, 38, que estava em um hotel no centro da capital paulista.
Lima, que é morador de Brasília, disse durante a audiência de custódia que viajou ao país do Oriente Médio depois de receber uma proposta de "crescimento de negócio". O autônomo disse no depoimento que vive e trabalha na Capital Federal atuando na regularização de imóveis, corretagem e venda de mercadorias.
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