O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), falou sobre a situação de Maceió durante um intervalo no evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Dubai. Ele afirma que está acompanhando todos os desdobramentos que estão ocorrendo no estado de Alagoas e que “agora é importante que não tapemos o sol com a peneira”.
Lira complementa que esse assunto já se arrasta a mais de três anos e que a responsabilização da Braskem é clara. “O que não podemos fazer agora é politizar esse tema, trazer esse tema para uma disputa política local para transformá-lo em nacional. O momento agora é de preservar vidas”.
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“O importante são as atitudes que foram feitas, preservar vidas num momento em que se teve um aviso de aumentar a área de contenção sem fugir das responsabilidades. As responsabilidades civis virão, não tenham dúvidas disso, e as compensações nós vamos atrás”, destaca Lira.
Contatos com lideranças nacionais como o ministro de Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e com a Defesa Civil Nacional irão fortalecer os próximos passos a serem tomados frente a atual situação. “No meu retorno e no retorno do presidente (Lula) nós haveremos de sentar e discutir uma saída para que o governo federal, que permitiu lá atrás a instalação da Braskem em Maceió, as licenças ambientais através do estado e de União, as fiscalizações através do Estado, tudo seja levantado. As questões financeiras e civis são importantes e serão tratadas em um momento oportuno e as responsabilidades devem ser apuradas”, completa o presidente da Câmara.
Lira reitera que “a imagem de Maceió não pode ser afetada nacionalmente, em sua característica de turismo, por irresponsabilidade de declarações. Quando se faz uma nota como foi feita pelo governo do estado, de um fato relevante… Fato relevante existe para empresas privadas, com aberturas em bolsas de capital quando precisam comunicar alguma coisa. Um fato relevante para um poder público é uma coisa inédita no Brasil".
*Estagiária sob supervisão de Renato Souza
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