O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá com o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), para tratar sobre o desastre ambiental causado pela Braskem na mina de extração de sal-gema. A capital alagoana registrou intensificação de atividades sísmicas e afundamento do solo em regiões de mineração controladas pela empresa.
Segundo relatou o líder do executivo estadual pelas redes sociais, ele recebeu uma mensagem do chefe do Executivo apontando que o encontro ocorrerá assim que o petista retornar da COP 28, em Dubai. Já na terça-feira (5/12), no Palácio do Planalto, Dantas tem um encontro agendado com o presidente interino Geraldo Alckmin.
Recebi agora uma mensagem do presidente Lula de que nos reuniremos p/ tratar sobre o desastre ambiental da Braskem assim que ele retornar da COP 28. Mais cedo já havia conversado com o presidente da República em exercício, @geraldoalckmin, e marcado uma reunião+
— Paulo Dantas (@paulodantasal) December 1, 2023
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Também por meio das redes sociais, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) cobrou "amparo urgente" por parte do governo federal ao estado. Ele viajou ao local no último dia 29.
A grave crise ambiental, humana e estrutural em Maceió precisa de um amparo urgente do governo federal. Solicitei aos órgãos responsáveis a viabilização de recursos e a edição de medida provisória que garantam à prefeitura de Maceió condições de atendimento aos moradores [+]
— Arthur Lira (@ArthurLira_) December 1, 2023
A Defesa Civil de Maceió, em nota publicada nesta sexta-feira (1º/12), afirmou que o solo ao redor da mina 18 da Braskem, que está em risco de colapso eminente, está afundando em uma velocidade de 2,6 centímetros por hora. A região está em monitoramento desde quarta-feira (29/11), quando a prefeitura municipal decretou estado de emergência por 180 dias na cidade alagoana.
A região das minas de extração de sal-gema da empresa Braskem foram apontadas como causadoras de rachaduras e afundamento do solo próximo às instalações, causando tensão e prejuízos a moradores, que chegaram a abandonar mais de 14 mil imóveis em cinco bairros inteiros desde 2019, quando as rachaduras começaram a ruir residências no local. As minas consistem em espécies de cavernas abertas para a extração de sal-gema.
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