Anunciada por Castro

Cappelli vê como 'acertada' recriação da Secretaria de Segurança do RJ

O secretário-executivo do Ministério da Justiça está no Rio de Janeiro nesta terça (28/11) para participar de reunião de monitoramento da GLO

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, declarou nesta terça-feira (28/11) que a recriação da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro é "uma medida acertada" do governador Cláudio Castro. Ele também considera positiva a proposta para criação de uma corregedoria unificada para atender recursos de policiais investigados por irregularidades. As medidas foram anunciadas ontem pelo governador.

Cappelli está no Rio de Janeiro hoje para participar de uma reunião de monitoramento da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), no Comando Naval. Ele também palestrou em um evento da Fundação Getulio Vargas (FGV) sobe a segurança nos portos brasileiros.

"Nossa relação institucional com o governo do Rio é uma relação boa, respeitosa. A gente vê com bons olhos a recriação da secretaria. Volto a dizer: a chave da segurança pública é a integração. É a Polícia Militar, é a Polícia Civil, é a investigação com as forças ostensivas... É a gente ter mais integração. E a recriação da secretaria vai nesse sentido", disse Cappelli a jornalistas 

"Se eu não me engano, o Rio é o único estado que não tinha uma secretaria de segurança pública. Então, me parece uma medida acertada do governador", emendou ainda.

A secretaria será comandada pelo delegado federal aposentado Victor César dos Santos. O órgão foi extinto em 2019 pelo então governador Wilson Witzel, que criou, no lugar, as secretarias da Polícia Militar e da Polícia Civil, encabeçadas pelos chefes de cada corporação. O atual governador, porém, decidiu voltar atrás em meio à crise na segurança pública do Rio de Janeiro.

A medida inclui também a criação da Corregedoria Unificada. "É importante você ter uma corregedoria, porque ela serve para proteger o bom policial. A gente não pode confundir o erro de alguns com as instituições. A corregedoria protege a instituição daqueles que, eventualmente, cometem desvios", comentou Cappelli.

Cotado para pasta da Justiça

O secretário é o segundo em comando no Ministério da Justiça e Segurança Pública, e um dos cotados para substituir o atual ministro, Flávio Dino, após sua nomeação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda não há definição sobre como ficará a pasta, já que o governo discute a possibilidade de dividir o ministério em dois. Cappelli também assumirá o cargo de forma interina após a nomeação. Dino, por sua vez, segue trabalhando normalmente até sua sabatina, marcada para 13 de dezembro.

Questionado sobre a possibilidade de assumir o cargo, Cappelli desviou. "Isso é uma atribuição do presidente da República", apontou.

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