O presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o martelo e decidiu indicar o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, para ocupar a vaga que está aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Fontes que atuam diariamente no Palácio do Planalto, consultadas pelo Correio, asseguram que o chefe do Executivo estava na dúvida entre Dino e o advogado-geral da União, Jorge Messias, e que optou por Dino em razão da confiança e proximidade.
Lula encaminhou, hoje, ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), "as indicações de Flávio Dino ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal e de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República", escreveu nas redes sociais a equipe o presidente.
Ex-governador do Maranhão, Flávio Dino foi juiz federal e nos últimos meses, fazendo parte do governo, ganhou ainda mais confiança do presidente Lula. Com a decisão, o presidente perde um poderoso integrante do governo, que está à frente de uma das pastas mais visadas — que tem peso fundamental nas eleições de 2024 e de 2026.
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O ministério tem como atribuição cuidar das polícias que atuam a nível federal, como Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, mas também tem sob seu escopo a integração nacional das polícias civis e militares. As duas corporações têm parte indiscutível na segurança dos estados e municípios.
Além disso, a pasta cuida da inteligência contra o crime organizados e dos planos nacionais de combate à violência, facções criminosas e dos presídios. O ministério é usado como alvo a todo momento por políticos bolsonaristas para criticar o governo.
Aproximação
Por outro lado, Dino tem o apoio de quase a totalidade de ministros do Supremo, o que faz com que a indicação aproxime o governo da Corte. Ele também é visto como um forte aliado, que não decepcionará o Executivo em sua atuação como magistrado e se manterá fiel a temas progressistas, reduzindo as chances da atual gestão sofrer revezes na mais alta corte de Justiça. Dino também tem forte base no Congresso, o que pode facilitar articulação para ser aprovado no Senado.
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