O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que é preciso separar o que chefes de Estado eleitos falaram em campanha e suas ações ao assumirem o poder. Ele fez as declarações neste domingo (26/11), em Brasília, após reunião com Diana Mondino, futura chanceler do país vizinho.
Ele também declarou que não sabe se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ou não na posse do presidente argentino eleito, Javier Milei. "O que foi dito durante a campanha é uma coisa, o que acontece durante o governo é outra. Eu não sei qual será, como eu disse, se o presidente poderá ir ou não, ele estará chegando de uma longa visita ao exterior e terá a cúpula do Mercosul no Brasil. Não tenho resposta, não posso responder”, disse.
Vieira afirmou, também, que o presidente Lula vai se guiar, nas relações internacionais, pelos interesses do país. Durante a campanha, Milei chamou Lula de "ladrão" e disse que cortaria relações com o Brasil. “O presidente Lula tem dito que o importante é o interesse nacional e o projeto nacional, é isso que vai guiá-lo na relação com a Argentina e com todos os países”, declarou.
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O ministro destacou ainda que na visão dele não existe constrangimento pelo fato de Milei ter convidado o ex-presidente Jair Bolsonaro para o evento de posse. Mas ele destacou que existe um tratamento diferente para chefes de Estado. “Mas não há nenhum tipo de problema ou constrangimento de natureza que seja. Isso os governos organizam as listas de convidados e mandam e os que quiserem, aceitam, os que não quiserem, não aceitam, mas também há um tratamento diferente para chefes de Estado e convidados diretos”, completou o chanceler.