O ministro da Justiça, Flávio Dino, faltou mais uma vez à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) da Câmara, nesta terça-feira (21/11). Dino enviou ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), um ofício em que condiciona sua ida ao colegiado à garantia de sua segurança e integridade física e moral.
No documento, o ministro destaca ofensas do presidente do colegiado, Sanderson (PL-RS), durante a sessão que aprovou a convocação. Na ocasião, acusou Dino de estar “despreparado” e o ministério de estar “aparelhado por gente que não entende nada de segurança pública”.
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“Eu também iria falar que estou torcendo para encontrá-lo no aeroporto e ele dar dois tapas no meu peito”, concordou o deputado Gilvan da Federal (PL-ES).
O ministro cita também, no texto, que sua participação na CSPCCO em abril deste ano precisou ser encerrada em razão da confusão e dos xingamentos.
“Destaca-se que as novas agressões, inclusive do presidente da CSPCCO, mostram um ambiente ainda mais perigoso à minha integridade física e moral, confirmando a justificativa anterior”, afirma o ofício.
Dino reforça, ainda, o pedido para uma comissão geral na Câmara para que assim atenda todas as demandas.
O ministro era aguardado para dar explicações sobre a visita da “dama do tráfico amazonense”, Luciane Barbosa Farias, ao Palácio da Justiça em março e maio deste ano.