O procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, despontou como favorito para ser escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao comando da Procuradoria-Geral da República.
O nome dele ganhou força com o apoio de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A vaga na chefia da PGR está aberta desde a saída de Augusto Aras, que completou dois mandatos consecutivos à frente do órgão.
De acordo com fontes no Planalto ouvidas pelo Correio, Gonet tem se articulado com aliados de Lula, promete manter uma linha progressista e que não criminalize a política, caso seja alçado ao cargo.
A expectativa é de que Lula faça a indicação nos próximos dias. Existe o plano de que o comando da PGR seja divulgado em conjunto com o do escolhido para a vaga deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposentou do STF.
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Porém, no cenário político atual, com a proximidade do recesso parlamentar, Lula tem sido orientado a deixar a escolha de um nome ao Supremo para o próximo ano, tendo em vista que pode não haver tempo hábil para que o Congresso faça a sabatina do indicado — a demora faria com que o escolhido ficasse exposto à fritura da oposição.
A preocupação foi reforçada com as críticas ao ministro da Justiça, Flávio Dino, no episódio da visita de Luciane Barbosa, a "dama do tráfico", à pasta.
A oposição pegou carona no caso para disparar ataques coordenados contra Dino, visando enfraquecê-lo na corrida pelo Supremo.
Segundo informações de bastidor, as ações têm surtido efeito, e Dino está perdendo o posto de favorito, em razão do risco de desgaste político.
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