Planalto

Lula conversa com primeiro-ministro da Índia sobre conflito no Oriente Médio

Por telefone, o presidente e Narendra Modi falaram sobre a fragilidade do multilateralismo, exemplificando o veto dos EUA à resolução brasileira sobre a guerra em Israel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone nesta sexta-feira (10/11) com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. De acordo com o Palácio do Planalto, o chefe do Executivo lamentou o conflito no Oriente Médio e relatou os esforços já realizados para o retorno ao Brasil de 1.445 pessoas que estavam em Israel e na Cisjordânia. O petista afirmou que o Brasil aguarda a liberação da fronteira de Gaza para a repatriação de 34 pessoas — brasileiros e seus parentes palestinos — a partir do Egito.

Na ligação, o presidente e Narendra Modi falaram sobre a fragilidade do multilateralismo, exemplificando o veto dos Estados Unidos à resolução brasileira sobre a guerra no Oriente Médio.

Contra extremismos e negacionismos

"Ambos trocaram impressões a respeito da fragilidade do multilateralismo, exemplificado pelo veto à proposta brasileira no Conselho de Segurança da ONU, não obstante o expressivo apoio que obteve e sem que qualquer outra proposta fosse aprovada", informou em nota a assessoria palaciana.

Modi, por sua vez, elogiou Lula sobre a atuação brasileira na presidência do Conselho e salientou a importância de que os novos ingressantes no Brics participem da reforma das instituições de governança global.

O primeiro-ministro indiano sugeriu a realização de uma reunião de chanceleres do IBAS (fórum de diálogo entre Índia, Brasil e África do Sul) no próximo semestre, como etapa preparatória para uma cúpula do grupo, ainda em 2024. 

Lula confirmou participação na segunda cúpula virtual Vozes do Sul Global, no próximo dia 17 e na cúpula virtual do G20, no dia 22.

"O presidente reiterou a necessidade de contar com a parceria da Índia na defesa da democracia contra os extremismos e negacionismos. Ressaltou interesse do Brasil de aproximar ainda mais as relações com o país, nos campos do comércio, transição energética, tecnologia e, igualmente, na concertação política nos foros internacionais", concluiu a nota.

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