O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), afirmou nesta quarta-feira (8/11) que teria errado as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sobre o agronegócio. A bancada ruralista no Congresso pediu a anulação de três questões, alegando que as mesmas "são mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica", e não têm "critério científico ou acadêmico".
Fávaro, no entanto, destacou que "professores renomados" auxiliam na confecção do Exame.
"Não é o governo que faz a prova, são professores renomados que fazem. O que posso dizer com relação a isso e nada mais que isso: se eu estivesse fazendo a prova eu iria errar umas duas, três questões porque eu vivo e sei a qualidade de vida, o desenvolvimento que o agro é nessas regiões. Se eu tivesse respondido a prova, eu teria errado a resposta que eles consideraram certa", afirmou, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto.
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"Se eu respondesse a prova eu teria errado, porque eu conheço o agronegócio e eu conheço o que ele proporciona nas regiões aonde ele chega de forma responsável. O agronegócio gera oportunidades, desenvolvimento social, gera inclusão social", continuou.
O ministro foi perguntado se o erro das questões estaria na resposta que daria na prova ou na avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que avalia a resposta como correta. "Tem que perguntar para o avaliador. Eu não sei avaliar prova", disparou.
Ele exemplificou que a própria ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede-SP), em um evento da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), disse que a minoria dos produtores brasileiros comete crimes ambientais.
"A própria ministra Marina Silva disse hoje, em um evento da própria Abiove, que, estatisticamente, menos de 2% dos produtores brasileiros são os que insistem em cometer crimes ambientais. Portanto, mais de 98% dos produtores brasileiros têm boas práticas de sustentabilidade. Isso é uma referência para o mundo. E basta ver os índices de desenvolvimento das regiões agrícolas comparado com qualquer outra região do Brasil", completou.
Por fim, o ministro foi perguntado se o Inep ainda não havia assimilado as benesses do setor. "Talvez vá compreender no dia a dia". E finalizou: "Não é atribuição minha ser comentarista de prova de Enem".
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