Para se destacar no eleitorado nas próximas eleições municipais de São Paulo, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) pretende representar a direita liberal, com uma visão pró-mercado e de defesa da livre iniciativa e propriedade privada.
“(Guilherme) Boulos (PSol) e Tábata (Amaral, do PSB) representam uma visão de mundo mais voltada para a intervenção do Estado, que eu acredito que não vai dar certo”, comentou Salles nesta quarta-feira (8/11) em entrevista ao CB.Poder, uma parceria do Correio com a TV Brasília.
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O deputado federal acredita que a cidade de São Paulo é uma cidade de dinamismo econômico, e que, portanto, precisa de uma visão voltada para o liberalismo econômico e para o não intervencionismo. “O atual prefeito não está em nenhum dos dois caminhos, não tem uma visão de mundo. Me parece que vamos ter três candidatos com propostas e visões muito claras, e um quarto candidato, que é o prefeito que vai à reeleição, que tem uma visão só de máquina”, apontou, citando Ricardo Nunes (MDB).
Salles, que foi ministro do Meio Ambiente na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, destacou que São Paulo tem R$ 35 milhões em caixa com dois anos e meio de gestão do atual prefeito, e que o processo administrativo direcionado à cidade não existe.
“As pessoas não sabem quem é o prefeito porque não tem prefeitura. A cidade está ruim em todos os segmentos. Agora, às vésperas de eleição, acontece um movimento totalmente eleitoreiro com obras de pavimentação para todos os lados, de caráter emergencial, sem planejamento.”
Apagão em São Paulo
Diante da falta de energia elétrica na capital paulista, desencadeada na última sexta-feira (3) e que se estende até hoje, o deputado apontou que a crise demonstra a total inoperância e incapacidade da prefeitura em lidar com o problema.
“Ali houve uma composição de fatores, além da questão climática. A cidade não está preparada em relação à prevenção de chuvas e tempestades por parte da prefeitura, a quem compete fazer a poda preventiva, a manutenção das árvores da cidade. As prefeituras ao longo dos anos não fizeram nada, não fizeram o enterramento dos fios e cabos na cidade de São Paulo. É um processo caro e demorado, mas tem que começar em algum momento”, destacou Salles.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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