O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nesta quarta-feira (8/11), a reforma tributária que é votada pelo plenário do Senado hoje.
"De concreto, teremos o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) mais caro do mundo. O Brasil não pode ter um ou outro estado bem e os demais prejudicados. De nada vale um estado produzir se os demais não puderem comprar. A economia não irá girar. Todos perderão", escreveu ele no X (antigo Twitter).
O ex-presidente alfinetou senadores que se declaram bolsonaristas ou que são mais alinhados ao seu posicionamento político e foram favoráveis à medida, como é o caso do ex-Casa Civil Ciro Nogueira (PP-PI), Esperidião Amin (PP-SC), Mecias de Jesus (Republicanos-RR). Todos votaram a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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"Alguns senadores, que se elegeram ou reelegeram, dizem que tiveram algumas de suas emendas acolhidas, e votarão com os comunistas, pois alegam que seu estado não será afetado ou será menos prejudicado", pontuou Bolsonaro.
PP e Republicanos se declaram como oposição, porém, com ministérios no governo, as siglas sinalizaram que devem liberar as bancadas. Ciro Nogueira, que é presidente do partido de Arthur Lira, argumentou que a "reforma é do Congresso e não do governo".
Na noite de ontem (7), Bolsonaro participou de um jantar com a bancada do PL no Senado e do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto. O partido, no entanto, não fechou questão contra a reforma tributária.
Hoje, Bolsonaro se reúne com aliados na liderança do PL na Câmara, onde chegou sob gritos de "mito".