O Ministério da Justiça e Segurança Pública sedia amanhã (9/11) a cerimônia para criação da Ameripol, organismo internacional de polícia aos moldes da Interpol, com a participação de 30 países das Américas. Além do chefe da pasta, Flávio Dino, estarão presentes ministros de 12 dos países-membros, além do vice-presidente para as Américas da Interpol, Valdecy Urquiza.
O grupo visa a cooperação entre os países no combate ao crime organizado internacional, como lavagem de dinheiro por meio de criptoativos, além da troca de inteligência e capacitação de policiais. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, assumirá como secretário-geral da Ameripol. A cerimônia está marcada para as 14h30.
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Dino comentou o evento durante coletiva de imprensa hoje (8) no Rio de Janeiro, onde assinou, ao lado do governador Cláudio Castro (PL), a criação de um comitê para combater as fontes de renda do crime organizado.
"Eu fui ao Paraguai. Ontem (7) recebi o presidente da Interpol [Ahmed Naser Al-Raisi], e toda a sua equipe. Hoje vamos receber mais alguns ministros, da Bolívia, da Argentina. Hoje e amanhã. São países importantes para essa ação concertada contra o crime organizado", comentou Dino. Segundo ele, a cooperação internacional é mais um caminho nos esforços do governo para combater as organizações.
Crime internacional
A fundação da Ameripol envolveu ainda o Palácio do Itamaraty e as embaixadas brasileiras. Autoridades dos países vizinhos já estão em Brasília, ou em deslocamento.
"Esse mecanismo é muito importante em face da transnacionalização do crime organizado. Então, mesmo temas como lavagem de dinheiro hoje são essencialmente transnacionais em face dos criptoativos. Ontem, conversei com o presidente da Interpol exatamente sobre a intensificação da cooperação internacional sobre os crimes cibernéticos em geral, inclusive a lavagem de dinheiro", destacou ainda Dino.
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