O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (8/11) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perdia o tempo de governança "no gabinete do ódio, contando mentiras, fazendo fake news e falando mal dos outros". A declaração ocorreu durante assinatura da ordem de serviço de duplicação da BR-423 (PE), ocorrida no Palácio do Planalto.
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O petista repetiu que assumiu a Presidência de "um país semidestruído" e disse que "o que foi feito com a economia brasileira foi um crime".
"Quem sabe um dia o Ministério Público... quem sabe um dia essas coisas sejam julgadas porque não é possível governar um país com tanta irresponsabilidade. Foi a primeira vez na história que o Congresso, e sou muito grato a isso, aprovou uma decisão [PEC da transição] para colocar R$ 168 bilhões para que a gente pudesse governar esse país. Se não, o dinheiro tinha acabado em agosto desse ano".
O petista ainda comparou o primeiro ano de mandato com o de Bolsonaro, afirmando que o que será investido no total apenas em um ano "é mais do que os quatro anos de investimento na área de transporte" do último governo.
"No primeiro mandato, só o ministro dos Transportes vai investir na área de transporte R$ 23 bi, o que é mais do que os quatro anos de investimento na área de transporte no governo passado. Se não acreditam, quando chegar em algum estado pergunte se alguém lembra de uma obra de infraestrutura feita no governo passado", alfinetou.
"Perdia-se o tempo de governança no gabinete do ódio, contando mentiras, fazendo fake news e falando mal dos outros."
Comentando sobre a assinatura da ordem de serviço de duplicação da BR-423 (PE), Lula ressaltou que receberá prefeitos e governadores em seu gabinete independentemente da orientação política.
"Ninguém quer saber orientação política. Quero saber se o que você deseja nesta casa é útil e de interesse para o povo do seu estado. Se for, entre que você sera bem tratado. É assim que a gente vai governar esse país", emendou.
Apagão na política internacional
O chefe do Executivo também criticou a condução da política externa por parte de Bolsonaro relatando um "apagão" nas relações internacionais.
"Passei muito tempo reconstruindo esse país. Depois, tive que me dedicar à reconstrução da imagem do Brasil no exterior. Esse pais não era recebido por ninguém e ninguém queria vir nesse país. Era como se tivesse tido um apagão em política internacional e o Brasil não era esperado por nenhum país e nenhum país pedia para vir aqui. Um país que já chegou a ser a 6ª economia do mundo estava praticamente fora do mapa das suas relações internacionais e comerciais", disse.
"Nós resolvemos recolocar o país no cenário mundial e voltou com muita credibilidade. Já fui presidente duas vezes e posso dizer que nunca antes na história do país, em nenhum momento da história, esse país gerou a expectativa positiva da volta da democracia como gerou agora. Nunca fomos vistos como tanta importância, necessidade de tanta gente investir aqui."
Por fim, prometeu chegar ao fim do mandato sem mencionar Bolsonaro, afirmando que o governo do mesmo "não existiu".
"Vocês vão perceber que vou terminar quatro anos sem falar uma vírgula do outro governo, porque para mim ele não existiu. Vou falar do futuro porque é o que vai garantir ao povo o que ele sonha e espera de nós", concluiu.
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