ATOS GOLPISTAS

8/1: Moraes adia julgamento de réu após defesa apontar erro em processo

Empresário foi preso em flagrante no Palácio do Planalto. Relator disse que ele estava no QG do Exército um dia antes do ataque, mas esse ponto não consa na denúncia da PGR

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu destaque no julgamento de um dos réus envolvidos nos atos golpistas. A decisão ocorreu após a defesa do empresário Eduardo Zeferino Englert apontar um erro no voto do relator no processo.

Englert foi preso em flagrante em 8 de janeiro dentro do prédio do Palácio do Planalto. O julgamento começou no plenário virtual da Corte e tinha previsão de terminar nesta terça-feira (7/11). A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

No relatório, Alexandre de Moraes havia dito que haveria uma "prova contundente no sentido de que Eduardo Zeferino Englert chegou em Brasília no dia 07/01/2023 para a prática de crimes descritos na denúncia e ficou no QGEX [Quartel-General do Exército] entre os dias 07 e 08 de janeiro".

Esse ponto, porém, não constou da denúncia apresentada pela PGR. No Supremo, a defesa de Englert também alega que, apesar de estar presente no prédio do Palácio do Planalto, ele não teve envolvimento na depredação do edifício. Com isso, a análise do caso deve ser reiniciada, com previsão para semana que vem.

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