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Na GLO, 3,7 mil homens serão utilizados

Marinha empregará 1,1 mil pessoas; Exército, 2 mil; e Aeronáutica, mais 600 — conforme anunciado pelos comandantes militares. Segundo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, haverá pesado investimento em tecnologia

O efetivo das Forças Armadas na GLO em portos e aeroportos, e na faixa de fronteira terrestre, contará, inicialmente, com 3,7 mil homens. A Marinha empregará 1,1 mil pessoas; o Exército, 2 mil; e a Aeronáutica, mais 600, conforme anunciaram os comandantes militares.

A operação do Exército se dará apenas na faixa de 150km a partir da fronteira, que não faz parte do escopo do decreto de GLO — isso porque já existe previsão legal de as Forças Armadas atuarem nessas áreas. A Aeronáutica reforçará a fiscalização nos aeroportos internacionais de São Paulo (Guarulhos) e do Rio de Janeiro (Tom Jobim-Galeão), assim como no patrulhamento aéreo na fronteira — em especial, com o Paraguai e com a Bolívia.

Já a Marinha atuará apenas nas regiões abrangidas pelo decreto: nas baías da Guanabara e de Sepetiba, no estado do Rio, e nos acessos marítimos aos portos de Santos (SP), do Rio de Janeiro e de Itaguaí (RJ). Também atuará no Lago de Itaipu (PR), na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, em conjunto com a Polícia Federal (PF).

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, ressaltou que haverá um investimento grande em tecnologia para essa GLO. "Foi decidido pelo presidente que façamos todos os esforços necessários para modernizar os meios, seja da Polícia Federal, seja das Forças Armadas, com o que há de melhor em tecnologia. Mais importante que a quantidade de homens, estamos integrando inteligência e equipamentos, que, muitas vezes, suprem a quantidade de homens", explicou Costa.

De acordo com o ministro da Casa Civil, sempre que a inteligência das forças de segurança identificar mudanças nas rotas de tráfico das organizações criminosas, ainda que antes do vencimento do decreto da GLO, o governo pode editar novas medida e incluir outras áreas de atuação dos militares.

O governo promete que a atuação das Forças Armadas se dará em articulação com a PF, por meio da criação de um comitê de acompanhamento integrado, sob coordenação dos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Defesa. Também está sendo elaborado um plano de modernização tecnológica da PF, da PRF, da Polícia Penal Federal, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, para melhorar a atuação dos órgãos nos portos, aeroportos e fronteiras. Esse estudo deve ser apresentado em 90 dias.

A PF também deve ampliar as ações de inteligência e as operações de prisão e apreensão de bens pertencentes a quadrilhas e milícias, especialmente no Rio, com reforço de efetivo e equipamentos. Será implantado do Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), cujo alvo será o poder financeiro das quadrilhas.

 

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