JUDICIÁRIO

"Seria um atropelo", diz Barroso sobre posse de Dino ainda neste ano

Indicado por Lula, Flávio Dino ainda precisa ser aprovado pelos senadores para tomar posse na vaga aberta no Supremo

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, comenta que posse do novo ministro Flávio Dino deve ficar para 2024 -  (crédito: Renato Souza / C.B. / D.A. Press)
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, comenta que posse do novo ministro Flávio Dino deve ficar para 2024 - (crédito: Renato Souza / C.B. / D.A. Press)
postado em 29/11/2023 20:45 / atualizado em 29/11/2023 21:01

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta quarta-feira (29/11), que o ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vaga aberta na corte, deve tomar posse após o recesso do Judiciário. De acordo com Barroso, "correr" para que a posse ocorra ainda neste ano seria "um atropelo".

O magistrado fez as declarações durante a abertura da exposição "Cartoons contra a Violência", promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no Museu do Supremo, na sede da corte.

"Estamos precisando de gente aqui o mais rápido possível. Mas eu acho que esse ano seria um atropelo muito grande. Mesmo depois de aprovado tem que montar equipe, tomar conhecimento. Então eu acharia mais razoável que ele tomasse posse na volta do recesso", afirmou o magistrado.

De acordo com Barroso, Dino deve tomar posse próximo ao período do carnaval. "Se ele pedir para a gente correr, a gente corre. Mas eu acho que não seria razoável nem pra ele tomar posse antes do recesso. Eu imagino em meados de fevereiro, ou um pouco antes ou um pouco depois do carnaval", diz.

Única mulher

O ministro Barroso também comentou o fato de o Supremo continuar com uma única mulher entre as 11 cadeiras do plenário. Com a indicação de Flávio Dino por Lula, caso ele seja aprovado no Senado, como é provável que ocorra, nos próximos anos o tribunal terá a ministra Cármen Lúcia como única representante do gênero feminino. "A ministra Cármen Lúcia será a única mulher, mas uma que vale por muitas", destacou ele.

A mostra contemporânea que foi aberta no Museu do Supremo consiste na exposição das charges criadas por mulheres ligadas às artes visuais, dentre elas a cartunista Laerte Coutinho.

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