Na sua primeira manifestação pública desde que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, Flávio Dino, fez um discurso de aceno para a oposição, disse que vai procurar todos os senadores, "com respeito e humildade", e que não há governo e oposição nesse "tipo de matéria".
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Dino conversou com os jornalistas após encontro com o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
"Nessas matérias, para mim, não tem governo e oposição. Esse é um tema do país. E quem vai ao Supremo (STF) ou pretende ir, evidentemente ao vestir uma toga deixa de ter lado político. Não olha se é governo ou oposição. Olha para o país, para a instituição", afirmou Dino.
Perguntado se tem procurado a oposição, o ministro evitou citar nomes, mas disse que está falando com todos e fazendo reuniões até tarde da noite. Questionado se procuraria o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), respondeu: "Ele é senador".
"Um ministro do Supremo não tem partido"
Sobre as rusgas e bate-bocas com a oposição no Congresso, em especial com os deputados em audiências públicas na Câmara, Dino afirmou que "o perfil combativo é próprio da política. Evidentemente, quando você muda de função, você muda o perfil de sua atuação".
E afirmou também que, uma vez no STF, se aprovado no Senado, lá não terá lado. "Um ministro do Supremo não tem partido, não tem ideologia, não tem lado político."
O ministro afirmou, ainda, que sempre fez visita a senadores desde que assumiu seu primeiro mandato como deputado federal, em 2007.
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