O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou nesta terça-feira (28/11) que o Brasil vai à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023, a COP28, para "protagonizar a transição energética justa e inclusiva". De acordo com ele, o país quer apresentar ao mundo a sua matriz energética renovável e as potencialidades nas áreas de biocombustíveis, energia solar e energia eólica.
Silveira integra a comitiva ministerial brasileira que está na Arábia Saudita, desde antes da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, na manhã de hoje. Citando o Papa Francisco, o ministro também defendeu que a transição energética é "obrigatória" para uma malha mais sustentável.
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"Nós já estamos aqui há dois dias, coordenados pelo ministro Rui [Costa], junto com o ministro Silvio [Costa Filho], apresentando para eles, que têm uma matriz que nós conhecemos, uma matriz muito dependente dos combustíveis fósseis, as grandes potencialidades do Brasil nas energias renováveis", declarou Silveira a jornalistas, citando os chefes da Casa Civil e do Ministério dos Portos e Aeroportos, respectivamente.
"Nós estamos indo para a COP para protagonizar a transição energética justa e inclusiva, e nós queremos defender que ela seja obrigatória, como disse o Papa Francisco, para que nós possamos proteger o planeta. Mas, no caso do Brasil, especialmente, gerar oportunidades de emprego e renda, combater desigualdades, fazer inclusão social, que é o grande objetivo do governo do presidente Lula", acrescentou ainda o ministro.
Brasil tem matriz energética limpa
No início de outubro, o pontífice divulgou um texto no qual defende que "o mundo está desmoronando" e que as medidas para uma transição energética precisam ter três características: "que sejam eficientes, que sejam obrigatórias e que possam ser monitoradas".
Questionado sobre os projetos que o Brasil deve apresentar sobre esse tema na COP28, que acontece em Dubai de 30 de novembro a 12 de dezembro, Silveira respondeu que um dos principais objetivos é apresentar ao mundo a matriz energética brasileira, com 88% de energia limpa, as potencialidades dos biocombustíveis e das demais fontes sustentáveis de energia.
"E também mostrar a grande potencialidade que tem o Sol, que tanto castigou o povo do Norte, de Minas Gerais, do Nordeste brasileiro, hoje como uma grande fonte de energia. E a eólica, para a gente poder produzir hidrogênio verde, para poder reindustrializar o Brasil, gerar oportunidades, mas também, num futuro próximo, sem dúvida nenhuma, poder exportar sustentabilidade, fazendo a proteção e a salvaguarda do planeta", completou o ministro.
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