meio ambiente

Marina Silva: Brasil vai à COP-28 para "cobrar que medidas sejam tomadas"

Ministra prestou depoimento na CPI das ONGs, no Senado, e falou que o Brasil não está indo para a Conferência do Clima para ser cobrado, mas para cobrar países desenvolvidos

Ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, em depoimento na CPI das ONGs, no Senado -  (crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, em depoimento na CPI das ONGs, no Senado - (crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado)
postado em 27/11/2023 18:10

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou, nesta segunda-feira (27/11), que o papel do Brasil na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas será o de “cobrar que medidas sejam tomadas”. A declaração foi dada durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, no Senado. 

“Estamos indo para a COP não é para sermos cobrados, nem para sermos subservientes, é para altivamente cobrarmos que medidas sejam tomadas, porque é isso que o Brasil tem feito”, disse a ministra. A COP-28 ocorre entre 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes, e o Brasil estará no centro das atenções na conferência deste ano, que terá discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia de abertura.

De acordo com Marina, o Brasil tem assumido papel de liderança no combate às mudanças climáticas e chegará à COP para articular iniciativas de proteção do meio ambiente, já que “os mais interessados em proteger a floresta, a biodiversidade, os povos originários e o nosso regime de chuvas somos nós”.

“O Brasil é o país que tem a obrigação de continuar liderando essa agenda. Infelizmente, tivemos um período em que o avanço dessa agenda foi arrefecido, mas agora está sendo retomado no governo do presidente Lula. Por isso é que nos primeiros decretos apresentados pelo presidente, dos 10 decretos que foram feitos, cinco eram da área ambiental, por entender a importância estratégica da integração economia e ecologia”, declarou Marina.

Segundo o depoimento da ministra, o país tomou iniciativas para prevenir o desmatamento e o aquecimento global por espontânea vontade, por entender que é papel do Brasil, que detém maior parte da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo. “O Brasil começou a fazer o seu dever de casa não por imposição de quem nos pedia, mas porque temos um compromisso com a proteção da floresta, com a proteção da biodiversidade, com a proteção das populações tradicionais indígenas, e porque temos compromisso com as bases naturais do nosso desenvolvimento”, ressaltou.

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