Reforma tributária

Autor do PL das desonerações já trabalha para derrubar veto presidencial

Senador Efraim Filho (União-PB) reagiu ao veto total anunciado ontem à noite pelo Palácio do Planalto e diz que vai conseguir apoio para derrubar o veto. Ele argumenta que o projeto foi aprovado por ampla maioria na Câmara e no Senado Federal

Senador Efraim Filho (União-PB) e presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante sessão na quarta-feira (22)
     -  (crédito: Roque de Sá/Agência Senado)
Senador Efraim Filho (União-PB) e presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante sessão na quarta-feira (22) - (crédito: Roque de Sá/Agência Senado)
postado em 24/11/2023 12:19 / atualizado em 24/11/2023 16:16

O autor do projeto de lei que prorroga, por mais quatro anos, a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores, senador Efraim Filho (União- PB), já iniciou as articulações para derrubar o veto integral à matéria. O parlamentar trabalha para incluir, já na próxima sessão conjunta do Congresso, o veto ao projeto, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite desta quinta-feira (23/11).

“Vamos nos esforçar para reverter essa decisão e derrubar o veto ainda este ano, já que o projeto foi aprovado com apoio sólido e ampla maioria nas duas casas", afirmou o parlamentar. Na Câmara dos Deputados, o projeto recebeu 400 votos favoráveis e 17 contrários. No Senado, a votação foi simbólica, com forte apoio dos senadores. Na avaliação do senador, houve “praticamente unanimidade” na aprovação. 

Ao lamentar a decisão do governo de vetar a desoneração, Efraim ressaltou que a decisão aumenta o custo do emprego e os impostos para os setores que mais empregam, o que é “prejudicial tanto para os empreendedores quanto para os trabalhadores”.

O benefício, concedido inicialmente em 2012, substitui a contribuição previdenciária patronal, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas que variam de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Com isso, ficam reduzidos os encargos trabalhistas dos setores desonerados, o que, no entender de Efraim, estimula a contratação de pessoas.

Ao explicar o veto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou estudos mostrando que não houve aumento de contratação. A geração de emprego havia sido uma condição colocada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao atender ao pleito dos setores que acabaram beneficiados.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->