O autor do projeto de lei que prorroga, por mais quatro anos, a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores, senador Efraim Filho (União- PB), já iniciou as articulações para derrubar o veto integral à matéria. O parlamentar trabalha para incluir, já na próxima sessão conjunta do Congresso, o veto ao projeto, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite desta quinta-feira (23/11).
“Vamos nos esforçar para reverter essa decisão e derrubar o veto ainda este ano, já que o projeto foi aprovado com apoio sólido e ampla maioria nas duas casas", afirmou o parlamentar. Na Câmara dos Deputados, o projeto recebeu 400 votos favoráveis e 17 contrários. No Senado, a votação foi simbólica, com forte apoio dos senadores. Na avaliação do senador, houve “praticamente unanimidade” na aprovação.
Ao lamentar a decisão do governo de vetar a desoneração, Efraim ressaltou que a decisão aumenta o custo do emprego e os impostos para os setores que mais empregam, o que é “prejudicial tanto para os empreendedores quanto para os trabalhadores”.
O benefício, concedido inicialmente em 2012, substitui a contribuição previdenciária patronal, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas que variam de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Com isso, ficam reduzidos os encargos trabalhistas dos setores desonerados, o que, no entender de Efraim, estimula a contratação de pessoas.
Ao explicar o veto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou estudos mostrando que não houve aumento de contratação. A geração de emprego havia sido uma condição colocada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao atender ao pleito dos setores que acabaram beneficiados.
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