A primeira-dama, Janja Lula, participou nesta terça-feira (14/11) do evento Mulheres no Poder: Estratégias para Implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para Alcançar a Igualdade de Gênero, no Palácio do Planalto. Ela comentou participação na reunião do G20 e a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a igualdade de gênero.
“Às vezes a gente acha que está difícil, que não podia ter feito isso ou aquele outro, mas a política é bem complexa. Nos obriga a algumas coisas, mas quero afirmar a determinação do presidente de trabalhar conosco para buscar a igualdade de gênero”, comentou Janja. Recentemente, o governo recebeu críticas por ter tirado três mulheres da chefia de pastas importantes.
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Ela também falou sobre as críticas que recebeu por ter participado da reunião do G20, junto ao presidente Lula. “No lugar que ocupo hoje, de primeira-dama, o machismo e misoginia me atacam de todas formas. Sou uma mulher que sempre esteve envolvida nas questões políticas e sociais desde os meus 16 e 17 anos. Sou vocal sobre essas questões tanto em casa, quanto nas redes sociais. Com isso, me criticam como se eu quisesse ir além do que é aceitável para primeira-dama. Para alguns é inaceitavel uma primeira-dama que gosta e se envolve em política”, desabafou. Ela ainda comentou que durante o G20, líderes políticos falaram em “dar espaço para as mulheres” e ela rebateu: “Não precisam dar nada para a gente, a gente sabe ir à luta e conquistar”.
Por fim, ela comentou sobre a necessidade de ir além dos 30% das cotas para mulheres nos partidos políticos. “É preocupante quando olhamos para o Brasil nos últimos lugares de todos indicadores de igualdade de gênero na política, segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), em relação aos outros países do continente. As cotas dos partidos já não são suficientes, não atendem, precisamos lutar por mais cadeiras e ficar em 50% e 50%”, finalizou.
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