O primeiro dia dos repatriados brasileiros da Faixa de Gaza em Brasília foi de acolhimento. O grupo de 32 pessoas, que desembarcou por volta das 23h25 de segunda-feira (13/11) na Base Aérea de Brasília, recebe agora uma série de atendimentos após mais de 30 dias sob o jugo da guerra.
Nilton Pereira Junior, diretor de Atenção Hospitalar Domiciliar e de Urgência do Ministério da Saúde, afirmou em coletiva na tarde desta terça-feira (14/11) que o grupo recebeu uma força tarefa de vacinação para atualização do cartão de imunização e apoio psicológico.
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Segundo ele, no geral, os repatriados apresentam sintomas como cefaleia, dores no corpo, ansiedade, tristeza e insônia, sinais esperados em relação a tragédia vivida em Gaza. O diretor do MS afirmou também que as crianças se mostram incomodadas com os sons de avião no local.
“Todo avião que passa perto gera estresse nas crianças. Por isso, estamos fazendo trabalho de ludoterapia. Algumas não dormiram e ficaram brincando. Estão no misto de euforia e alívio”. O incômodo pode ocorrer devido a correlação entre os sons de avião e os bombardeios aéreos.
O diretor relatou que na equipe médica há também um psicólogo de origem síria e que nos atendimentos está sendo levado em considerando as diferenças culturais e de gênero, respeitando a cultura, onde profissionais homens atendem homens e profissionais mulheres atendem o público feminino.
Além disso, sete crianças enviadas ao hospital tiveram alta e o quadro de desnutrição ou desidratação inicial foi descartado. Uma grávida de 26 semanas também passou por exames e se encontra em bom estado de saúde.
O grupo também realizou a confecção de documentos como CPF, RG e reemissão de certidões de nascimento.
A expectativa é de que o grupo permaneça no local até esta quarta-feira (15) quando embarcarão aos locais finais da viagem.
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