Comando Vermelho

MP do TCU pede a tribunal para investigar presença de advogada em ministério

Subprocurador do Ministério Público, Lucas Furtado não se convenceu do argumento do secretário de Flávio Dino, Elias Vaz, que alegou não ter conhecimento sobre quem era Luciane Barbosa

Luciane, conhecida como a
Luciane, conhecida como a "dama do tráfico amazonense", com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) - (crédito: Reprodução/Redes sociais)
postado em 14/11/2023 17:14

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu apurar a presença da advogada Luciane Barbosa, com supostos vínculos com o Comando Vermelho, nas dependências do Ministério da Justiça, onde ela participou de audiências com auxiliares do ministro Flávio Dino.

O subprocurador-geral do MP no tribunal, Lucas Furtado, pediu a abertura de investigação para se "investigar possíveis condutas atentatórias à moralidade administrativa e em eventual desvio de finalidade no uso das dependências do Ministério da Justiça para a recepção, em audiência por secretário do citado órgão, da senhora Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, vulgo “Tio Patinhas”, chefe da facção criminosa conhecida como 'Comando Vermelho'", afirmou Furtado na representação.

O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, na sua edição de segunda-feira (13/11). Para o subprocurador, o fato macula a reputação do ministério responsável pelo combate ao crime no país e "abala a confiança da sociedade brasileira em importantes instituições que promovem a segurança pública e a justiça no país".

Para Furtado, o argumento do ministério de que não tinha conhecimento do possível vínculo da advogada com a facção criminosa, e até de sua condenação por associação ao tráfico, entre outros crimes, não pode ser considerado.

"Qualquer que fosse o interesse público alegado para justificar o encontro, certamente não se tratava da única via disponível, cabendo ao órgão público selecionar interlocutores que respeitem a moralidade pública exigida das instituições oficiais", registrou o procurador na peça.

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