investigação

PF acha foto de embaixada no celular de suspeito de ligação com o Hezbollah

Investigações não encontram, porém, evidências que os alvos de operação da Polícia Federal tenham atuado anteriormente em atos ou preparativos para ataques

Embaixada de Israel em Brasília -  (crédito: Divulgação/Embaixada de Israel)
Embaixada de Israel em Brasília - (crédito: Divulgação/Embaixada de Israel)
postado em 14/11/2023 16:32

Investigadores da Polícia Federal encontraram uma foto da Embaixada de Israel, localizada em Brasília, no celular de um dos suspeitos de ligação com o grupo terrorista Hezbollah. No entanto, as equipes da corporação apontam que a imagem, isoladamente, não é prova suficiente para concluir que a embaixada seria alvo de ataques.

Até o momento, nenhum dos suspeitos assumiu envolvimento com o Hezbollah. Porém, também não explicam, de maneira convincente, o que foram fazer no Líbano e como custearam passagens e hospedagens no país do Oriente Médio. As equipes da corporação atuaram de maneira preventiva, para impedir que eventuais ataques ocorressem.

A decisão de deflagar a Operação Trapiche para cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão expedidos pela Justiça Federal de Minas Gerais ocorreu após surgirem evidências de que judeus poderiam ser alvos de atentados no Brasil.

As diligências realizadas até agora, de acordo com fontes ouvidas pelo Correio, revelam que os cidadãos alvos da operação não tiveram envolvimento com atos práticos de terrorismo. Ainda não está evidenciado o envolvimento inequívoco dos suspeitos com a preparação de atentados. As informações que deram origem a operação foram repassadas pelos serviços de inteligência de Israel e dos Estados Unidos.

Entre os suspeitos de ligação com o Hezbollah está um brasiliense que foi detido no Aeroporto de Guarulhos, quando retornava de Beirute, no Líbano. A suspeita é de que ele foi ao país do Oriente Médio para receber orientações e treinamento.

O preso nega envolvimento com qualquer grupo terrorista ou ato preparatório para atentado. As investigações ocorrem em três unidades da Federação e têm como alvos suspeitos de preparação de atos terroristas, que estariam na fase de recrutamento de extremistas a serem pagos para a realização de atentados em diversas cidades. As ações ocorrem em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

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