Na madrugada desta terça-feira (14/11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um grupo de 32 brasileiros e palestinos, parentes de brasileiros, que foram resgatados da Faixa de Gaza. Durante o encontro, o presidente reafirmou o compromisso do país em continuar buscando todos aqueles que desejam deixar a região de conflito e retornar ao Brasil, ou, no caso de estrangeiros, acompanhar seus parentes brasileiros.
“A gente vai tentar fazer todo o esforço que estiver ao alcance da diplomacia brasileira para tentar trazer todos os brasileiros que lá estão e que queiram vir para o Brasil. Inclusive, alguns companheiros que tinham parentes não brasileiros eu pedi para trazer e a gente trataria de legalizar as pessoas aqui no Brasil”, disse o presidente.
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“Tem mais gente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Enquanto tiver lista e possibilidade da gente tirar uma pessoa, mesmo que seja uma só, a gente estará à disposição para mandar buscar as pessoas. Não vamos deixar nenhum brasileiro ficar lá por falta de cuidado do governo”, acrescentou Lula.
Junto com o presidente, na pista, aguardando os repatriados, estavam o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino e o ministro da Secretaria de Comunicação. Lula os recebeu na pista, cumprimentou um a um no pé da escada do avião.
O primeiro a descer foi Hasan Habee, que ficou conhecido por vídeos que publicava nas redes sociais em que mostrava os momentos de angústia em Gaza. Após ser recepcionado por Lula, ele foi convidado pelo presidente a fazer uma declaração sobre a saída da área de confronto.
“Boa noite. Queria agradecer ao presidente, governo federal, Força Aérea e Itamaraty. A gente ficou lá 37 dias, muito sofrimento. Às vezes passamos fome e sede. O que está acontecendo lá é um massacre. Minhas filhas ficaram muito chocadas lá. Na primeira e segunda semana a gente mentia, a gente falava que essas bombas (jogadas por Israel em Gaza) eram de festas de aniversário, mas a gente não conseguiu segurar por muito tempo”, acrescentou Habee.
A previsão é que os 32 resgatados permaneçam em Brasília por cerca de 48 horas para atendimento médico e psicológico, antes de seguirem em um voo da Força Aérea para São Paulo. No Brasil, eles serão acolhidos e terão a documentação expedida.
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