terrorismo

Músico que teria ligação com o Hezbollah disse que foi ao Líbano tocar pagode

Suspeito foi preso pela PF no domingo. Até agora, quatro supostos arregimentados pelo grupo terrorista no Líbano foram alcaçados pelas forças de segurança brasileira — que receberam dados dos EUA e de Isrfael

Polícia Federal
     -  (crédito:  Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Polícia Federal - (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
postado em 14/11/2023 03:55 / atualizado em 14/11/2023 09:13

A Polícia Federal prendeu, na noite de domingo, no Rio de Janeiro, o músico Michael Messias, suspeito de ligação com o grupo terrorista Hezbollah. Com isso, são quatro as prisões no âmbito da Operação Trapiche, que investiga o planejamento de atentados do grupo terrorista libanês no país.

Messias disse, em depoimento à PF, que é músico e que estava no Líbano para fazer uma apresentação de pagode. No entanto, investigadores dizem não ter encontrado indícios da veracidade das afirmações.

A suspeita é de que Messias tenha ligações com Mohammad Khir Adbulmajid, sírio naturalizado brasileiro que seria o responsável por estabelecer o contato entre o Hezbollah e os brasileiros recrutados. Adbulmajid está sendo procurado pela polícia e teve o nome incluído na lista vermelha da Interpol — o que significa que pode ser detido no Brasil ou no exterior.

As autoridades identificaram a viagem de brasileiros para Beirute para, supostamente, receber treinamentos e instruções do Hezbollah. Lucas Passos Lima foi preso no mesmo dia do técnico em plásticos Jean Carlos de Souza, de 38 anos, capturado pelas equipes policiais nas proximidades de um hotel em que estaria hospedado, no centro de São Paulo.

Das quatro prisões, uma delas foi relaxada na sexta-feira e o suspeito foi liberado. Entre os detidos está o brasiliense Lucas Passos Lima, de 35 anos, que estava retornando do Líbano quando foi preso, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Ele tem passagem pela polícia por porte ilegal de armas.

A Operação Trapiche — desencadeada para deter suspeitos de prepararem, no Brasil, atentados contra alvos relacionados à comunidade judaica — vem usando informações repassadas pelos serviços de inteligência de Israel e dos Estados Unidos. As autoridades brasileiras foram alertadas de que integrantes do grupo terrorista libanês estavam recrutando brasileiros.

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