Paraná

Dallagnol diz que pode disputar prefeitura de Curitiba pelo Novo

O ex-deputado, cassado pelo TSE, participou de evento do partido na capital paranaense. A legenda anunciou que terá candidato próprio à prefeitura de Curitiba, que pode ser Deltan

Dallagnol foi cassado pelo TSE em maio por deixar o Ministério Público enquanto ainda respondia a sindicâncias sobre sua atuação na Lava Jato -  (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Dallagnol foi cassado pelo TSE em maio por deixar o Ministério Público enquanto ainda respondia a sindicâncias sobre sua atuação na Lava Jato - (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
postado em 11/11/2023 16:20

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol, que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anunciou neste sábado (11/11) que pode concorrer à prefeitura de Curitiba, Paraná, no ano que vem. Ele participou de evento do Novo, partido que o acolheu após a cassação, na capital paranaense.

Dallagnol declarou que o Novo terá candidato próprio à prefeitura em 2024, e disse que tanto ele quanto sua esposa, Fernanda Dallagnol, podem ser o nome escolhido pela legenda. O partido bateu um recorde de filiações com a entrada de Dallagnol, ex-procurador da Operação Lava Jato, sediada em Curitiba.

"Estamos preocupados com pessoas que se colocam como candidatas para a prefeitura de Curitiba, ou para o governo do Paraná, que estão envolvidas ou têm aliados envolvidos em escândalos de corrupção. O Novo está em primeiro lugar nas pesquisas, e tem excelentes nomes que podem ser lançados para a prefeitura de Curitiba, como Fernanda, Amália [Tortato, vereadora] e Indiara [Barbosa, vereadora]. Vamos para a linha de frente dessa batalha junto com a população guerreira da República de Curitiba, que sempre apoiou a Lava Jato", disse Dallagnol.

Novo bate recorde de filiados

O ex-procurador da Lava Jato foi cassado pelo TSE por unanimidade em 16 de maio deste ano. Ele respondia a sindicâncias dentro do Ministério Público ao se desligar voluntariamente para concorrer ao cargo, pelo Podemos, que justamente questionavam sua atuação na Lava Jato. Ele trocava informações com o ex-juiz e agora senador Sergio Moro (União-PR), que também corre o risco de perder o mandato.

Após deixar o cargo e filiar-se ao Novo, Dallagnol atua para atrair filiados à legenda. De acordo com o partido, sua atuação rendeu um recorde de novas filiações em outubro, de 1.720, o maior em um único mês desde 2019.

O presidente nacional do partido, Eduardo Ribeiro, celebrou o número durante o evento. "O Novo tem muitos desafios pela frente, mas temos o diferencial de sermos reconhecidos pela integridade e por lutarmos contra a corrupção e contra os privilégios. Estamos em um momento de expansão do partido, sinal de que as mudanças implementadas estão dando resultados. O Novo está se tornando mais competitivo agora e vamos mostrar isso nas próximas eleições", ponderou.

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