O ministro Benedito Gonçalves deixou, nesta quinta-feira (9/11), a cadeira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em discurso de encerramento, o magistrado destacou a sua atuação em defesa da democracia e o lembrou de relatorias importantes como, por exemplo, o processo que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras ações relacionadas às eleições do ano passado.
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“Aqui aprendi que a democracia é frágil e deve ser constantemente cultivada e protegida, e no TSE tive a responsabilidade de zelar por esse alicerce que é a democracia”, afirmou Benedito Gonçalves, que foi aplaudido pela plateia.
Com a saída de Gonçalves, caberá ao ministro Raul Araújo assumir a Corregedoria da Corte. Ambos são oriundos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, por tradição, ficam apenas um biênio na Justiça Eleitoral como titulares. Benedito lembrou da relatoria das ações que levaram à condenação do ex-presidente Bolsonaro.
Segundo ele, o TSE "traçou uma linha" sobre os limites existentes para os candidatos. “Na ação sobre o 7 de setembro, o TSE demarcou que não há escusas para que candidatos desviem as duas prerrogativas de presidente da República em cunho de objetivos eleitoreiros”, ressaltou.
O magistrado também foi responsável por posicionamentos duros em relação ao ex-chefe do Planalto durante todo o processo eleitoral. Nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, Benedito Gonçalves é juiz de carreira, de perfil discreto, e o único negro entre os 33 integrantes do STJ.
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