O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse, nesta segunda-feira (6/11), que a rejeição do nome de Igor Roque para o comando da Defensoria Pública da União (DPU) — indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — não ocorreu por retaliação ao governo federal. O defensor público foi rejeitado por 38 votos a 35.
"Nós não seríamos irresponsáveis de mandar recado para o governo de qualquer cunho sacrificando uma indicação que fosse legitimamente posta e que devesse ser aceita pelo Senado Federal. Não há nenhum tipo de crise. Eu considero que há, obviamente, pontos de vista que devem ser afirmados pelo Legislativo", afirmou Pacheco, em evento do banco BTG Pactual.
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Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, o defensor Igor Roque ressaltou que a rejeição ao seu nome para a DPU foi um recado do Senado para que o governo não indique o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino para a vaga da ministra aposentada Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal.
"Nunca, na nossa história, um defensor-geral foi rejeitado pelo Legislativo. A DPU segue dando o seu máximo para garantir os direitos humanos, mas ela não tem como se fortalecer e ampliar a atuação, tomar decisões estruturais, atuar robustamente pela universalização do acesso à Justiça e pela interiorização da sua atuação com um dirigente e uma equipe temporários", defendeu Igor.
Além de negar que houve retaliação na votação do indicado de Lula para a DPU, Pacheco também rejeitou rótulos que o colocam como bolsonarista ou petista. "Eu acho muito pobre esse discurso de se colocar na caixinha ou do PT e do presidente Lula ou do Bolsonaro e da extrema-direita. Eu considero que a gente tem que ter uma discussão mais ampla sobre tudo isso", destacou o presidente do Senado.
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