A Polícia Federal marcou para 14 de novembro, em Brasília, o depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no âmbito do inquérito que investiga a suposta contratação do hacker Walter Delgatti Neto para inserir dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A oitiva está agendada para às 14h, na sede da corporação.
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Em agosto, a parlamentar foi alvo de um mandado de busca e apreensão no seu gabinete na Câmara dos Deputados e no apartamento funcional que ocupa, na capital. O hacker foi preso preventivamente. Em depoimento, o homem disse que Zambelli o teria contratado para fraudar as urnas eletrônicas e inserir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no sistema do CNJ.
Ele teria recebido R$ 13 mil, pagos por assessores da deputada. A parlamentar negou o envolvimento e afirmou que os valores repassados a Delgatti se referem a serviços para o site dela.
Hacker da ‘vaza-jato’
Walter Delgatti Neto ficou conhecido por hackear trocas de mensagens do ex-juiz da Operação Lava-Jato Sérgio Moro, hoje senador, e do ex-procurador da República e deputado cassado Deltan Dallagnol. Ele afirmou aos investigadores que Zambelli pediu para que ele invadisse as urnas eletrônicas, além da conta de e-mail e telefone do ministro Alexandre de Moraes.
O hacker também informou à Polícia Federal que se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em agosto de 2022, por intermediação da deputada federal. Ele relatou que o ex-chefe do Executivo questionou se era possível invadir o sistema de votação do TSE.
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