O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, ironizou o traje usado por Luciano Hang, empresário bolsonarista dono da loja de departamento Havan, ao chamá-lo de "tradicional vestimenta verde periquito". O ministro se referiu especificamente a roupa que Hang usou durante o desfile militar realizado em 7 de setembro de 2022, em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil.
A declaração do magistrado ocorreu nesta terça-feira (31/10), durante o julgamento sobre possíveis irregularidades cometidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro nos festejos do feriado nacional mencionado.
Segundo Moraes, no palanque montado para o evento, Bolsonaro teria se afastado fisicamente do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e chamado Hang para perto de si com objetivo de fazer campanha política. O dono da Havan então ficou posicionado entre ambos os presidentes das nações brasileira e portuguesa.
"O presidente, simplesmente afastando o presidente de Portugal e chamando o seu cabo eleitoral, vestido com a sua tradicional vestimenta verde periquito, para fazer campanha", disse Moraes. "Se não bastasse a primeira vergonha, do verde periquito, nós tivemos a segunda. Desfile de tratores em um ato cívico-militar. Será que se atletas de bicicleta pedissem, ou carros antigos, poderiam? Tratores, por quê? Para demonstrar apoio", acrescentou o magistrado.
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Confira a declaração de Alexandre de Moraes:
Repercussão
As declarações de Moraes não passaram despercebidas pelos usuários pelas redes sociais. Confira algumas reações:
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— Debocheria (@debocheria) November 1, 2023
Cabo eleitoral vestido de verde-periquito pic.twitter.com/KTJS3F0bD5
— Romulo Dias ???????? (@RomuloBDias) November 1, 2023
Comentem no post abaixo: VERDE PERIQUITO ????
— abocadelobo ???????? (@abocadelobo) November 1, 2023
KKKKKKKKK BORA https://t.co/RiLeMRCuyL pic.twitter.com/cWSRBEuc8M
Julgamento no TSE
Além da fala sobre o traje do empresário bolsonarista, o julgamento no TSE tornou, por 5 votos a 2, o general da reserva Walter Braga Netto inelegível pelos próximos oito anos. A Corte entendeu que o militar, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro, cometeu abuso de poder político. Além da pena eleitoral, Braga Netto terá de desembolsar R$ 212 mil em multa.
Ambos ainda podem recorrer das decisões sobre a inelegibilidade ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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