Em um evento acompanhado por petistas, do governo e do Congresso Nacional, o ministro aposentado Ricardo Lewadowski, que presidiu o Supremo Tribunal Federal (STF), foi à Câmara falar sobre a defesa da democracia e a reconstrução do Estado. Sem citar o nome de Jair Bolsonaro, Lewandowski, que foi alvo de duros ataques do ex-presidente, afirmou que as instituições do país viveram "gravíssimos riscos" num passado recente.
O ministro aposentado participou de um debate sobre democracia, dentro da discussão do Plano Plurianual, na Comissão Mista de Orçamento, cujo relator é o deputado Bohn Gass (PT-RS). Esteve presente também a ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação. A seu lado, na mesa, estava o ex-deputado Renato Simões, atual secretário nacional de Participação Social, ligado ao Palácio do Planalto, e outros representantes do governo.
- TSE começa a julgar ações contra Bolsonaro por discurso do 7 de setembro
- Lula: Bolsonaro "entrou em parafuso" e tentou golpe após 2º turno
- Bolsonaro no TSE: advogado do PDT fala em "tentativa nítida de golpe militar"
"A democracia não pode prosperar num ambiente autoritário. Olhando retrospectivamente para o passado recente, em que nossas instituições democráticas republicanas correram gravíssimo risco, só posso imaginar que talvez nossa sociedade estivesse adormecida, amortecida. E pouco atenta ao perigo que corria", disse Lewandowski, no encerramento do debate.
O ex-presidente do STF afirmou ainda que a democracia exige alguns requisitos: "Exige a plena liberdade de ir e vir, a liberdade de expressão, de reunião, de associação. Também a liberdade de dissentir, de manifestação do pensamento divergente, próprio da democracia. Mas para que isso ocorra é preciso vivermos em um ambiente de distensão, de respeito ao próximo, ao diferente".
Saiba Mais
-
Política Lula regulamenta atuação da PF na segurança presidencial
-
Política Lula: Bolsonaro "entrou em parafuso" e tentou golpe após 2º turno
-
Política Ex-senador Telmário Mota é preso por suspeita de matar a ex-mulher
-
Política Nas Entrelinhas: Um tiro abaixo da linha d'água no deficit zero
-
Política Mauro Vieira admite nas Nações Unidas: "Falhamos vergonhosamente"
-
Política Dino levará a Lula plano de "asfixia" logística e financeira do crime organizado