O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, participou do programa CB.Poder — uma parceria entre o Correio e a TV Brasília — nesta quarta-feira (25/10). Aos jornalistas Denise Rothenburg e Roberto Fonseca, Freixo comentou a questão do turismo no Brasil. Para o presidente da Embratur, o país tem um enorme potencial turístico como atividade econômica, com a diversidade de paisagens, cultura, gastronomia e atrações. “Você vai para alguns lugares que tem uma infraestrutura muito boa e outros que é mais precário. O turismo é a grande atividade econômica que o Brasil tem como potência, para o século 21, porque o turismo gera emprego e renda. O turismo hoje é 8% do PIB brasileiro."
Questionado sobre as milícias e como o Rio de Janeiro, uma das cidades mais conhecidas do mundo, sofre com problemas que afetam o turismo e a vida dos moradores, Freixo disse que é um problema detectado pela CPI realizada em 20-8. "É ruim para o turista, é ruim para a imagem do Brasil, mas é pior ainda para quem mora ali e não consegue voltar para casa, não consegue pegar o ônibus, além de ser vítima, cotidianamente, de um crime organizado que se estabeleceu desde o início dos anos 2000."
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Segundo ele, o impacto na imagem do Brasil e o aumento da violência na zona oeste tem origem nas relações políticas. Em 2008, Freixo presidiu a CPI das milícias, um marco contra o crime organizado, no Rio de Janeiro. As milícias, grupos paramilitares envolvidos em atividades ilegais, comprometem a segurança pública, destacando a influência negativa sobre a segurança na região.
“A milícia não nasceu no cárcere, a origem da milícia é nas relações políticas com setores da polícia dominando. A origem da milícia é no poder, domínios, territórios de interesse e eleição política. Não tem como falar da milícia sem falar da política, a milícia é um evento, uma consequência do tipo de política que se desenvolveu e se tornou hegemônico, infelizmente, no Rio de Janeiro", disse.
* Estagiária sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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