O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir a presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Rita Serrano, na tarde desta quarta-feira (25/10). De acordo com informações obtidas pelo Correio, ele deve nomear para um lugar Carlos Vieira Fernandes — um nome indicado pelo Centrão.
- Rita Serrano admite desconforto e diz que disputa é ruim para a imagem da Caixa
- Campanha forte para manter Rita na Caixa e barrar o Centrão
A demissão ocorre após meses de constante pressão de parlamentares do maior bloco da Câmara. Os pedidos de demissão de Rita foram capitaneados por Arthur Lira (PP-AL). Ele é o responsável pela escolha de Carlos Vieira Fernandes, servidor de carreira, para ser o novo presidente do banco público.
Em nota, o Planalto confirmou a demissão de Rita e disse que ela prestou relevantes serviços durante sua gestão. "Serrano cumpriu na sua gestão uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio", diz o texto.
"Na gestão de Serrano foram inauguradas 74 salas de atendimento para prefeitos em todo o país, cumprindo um compromisso de campanha”, completa o Planalto, em nota. A demissão aumenta as críticas sobre a desigualdade de gênero no governo, pois Lula prometeu na campanha dar igual espaço para homens e mulheres e vem loteando cargos políticos com homens brancos, muitos fruto de indicação de deputados e senadores para atender interesses do parlamento.
Saiba Mais
-
Política Defesa libera volta de comissão que investiga crimes da ditadura
-
Política Lei de cotas: saiba os senadores que votaram contra e a favor
-
Política Dino admite uso das Forças Armadas no RJ: "Decisão está na mesa de Lula"
-
Política Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro, é alvo de buscas em operação da PF
-
Política 8 de janeiro: PF cumpre mandados de prisão após informações de Mauro Cid
-
Política Alexandre Garcia: "Recria-se a possibilidade de conflito fundiário"