Foi aprovado nesta terça-feira (24/10), no Senado, o Projeto de Lei nº 5.384/2020, que reformula e amplia o sistema de cotas no ensino federal. O texto prevê que os candidatos cotistas passarão a concorrer também nas vagas gerais e disputarão as vagas reservadas apenas se não conseguirem nota para ingresso na ampla concorrência.
A medida também aprimora a política de cotas e altera critérios socioeconômicos, além de inserir os quilombolas entre os beneficiados pela reserva de vagas, que já inclui pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência.
Criada em 2012, a Lei nº 12.711 instituiu o sistema de cotas de 50% das vagas em universidades e institutos federais para estudantes das escolas públicas. Atualmente, dentro desse critério, metade das vagas são preenchidas por negros, pardos, indígenas, pessoas com deficiência (PcD) e de baixa renda.
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A partir do novo texto, o processo seletivo passará a observar a proporção de pessoas que se encaixam nas cotas raciais por unidade da Federação, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A questão da remuneração é outro ponto que deve ser modificado. O projeto prevê a redução da renda familiar máxima de 1,5 para um salário mínimo por pessoa, que hoje é de R$ 1.320.
Confira abaixo quem votou contra e a favor do projeto de lei:
A favor
- Carlos Portinho (PL-RJ);
- Ciro Nogueira (PP-PI);
- Cleitinho (Republicanos-MG);
- Damares Alves (Republicanos-DF);
- Dr. Hiran (PP-RR);
- Eduardo Girão (Novo-CE);
- Eduardo Gomes (PL-TO);
- Esperidião Amin (PP-SC);
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS);
- Izalci Lucas (PSDB-DF);
- Jaime Bagattoli (PL-RO);
- Jorge Seif (PL-SC);
- Laércio Oliveira (PP-SE);
- Luis Carlos Heinze (PP-RS);
- Magno Malta (PL-ES);
- Marcio Bittar (União-AC);
- Marcos Rogério (PL-RO);
- Mauro Carvalho Junior (União-MT);
- Mecias de Jesus (Republicanos-RR);
- Plínio Valério (PSDB-AM);
- Rogerio Marinho (PL-RN);
- Tereza Cristina (PP-MS);
- Wilder Morais (PL-GO).
Contra
- Alan Rick (União-AC);
- Alessandro Vieira (MDB-SE);
- Ana Paula Lobato (PSB-MA);
- Angelo Coronel (PSD-BA);
- Astronauta Marcos Pontes (PL-SP);
- Augusta Brito (PT-CE);
- Beto Faro (PT-BA);
- Carlos Viana (Podemos-MG);
- Chico Rodrigues (PSB-RR);
- Cid Gomes (PDT-CE);
- Daniella Ribeiro (PSD-PB);
- Davi Alcolumbre (União-AP);
- Eduardo Braga (MDB-AM);
- Efraim Filho (União-PB);
- Eliziane Gama (PSD-MA);
- Fabiano Contarato (PT-ES);
- Fernando Dueire (MDB-PE);
- Fernando Farias (MDB-AL);
- Flávio Arns (PSB-PR);
- Humberto Costa (PT-PE);
- Ivete da Silveira (MDB-SC);
- Jaques Wagner (PT-BA);
- Jayme Campos (União-MT);
- Jorge Kajuru (PSB-GO);
- Jussara Lima (PSD-PI);
- Leila Barros (PDT-DF);
- Lucas Barreto (PSD-AP);
- Marcelo Castro (MDB-PI);
- Marcos do Val (Podemos-ES);
- Omar Aziz (PSD-AM);
- Oriovisto Guimarães (Podemos-PR);
- Otto Alencar (PSD-BA);
- Paulo Paim (PT-RS);
- Professora Dorinha Seabra (União-TO);
- Randolfe Rodrigues (Rede-AP);
- Renan Calheiros (MDB-AL);
- Rodrigo Cunha (Podemos-AL);
- Rogério Carvalho (PT-SE);
- Soraya Thronicke (Podemos-MS);
- Styvenson Valentim (Podemos-RN);
- Teresa Leitão (PT-PE);
- Vanderlan Cardoso (PSD-GO);
- Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB);
- Weverton (PDT-MA);
- Zenaide Maia (PSD-RN);
- Zequinha Marinho (Podemos-PA)
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