Crime

Barroso classifica como 'covarde' assassinato de juiz no Recife

O juiz Paulo Torres Pereira da Silva foi assassinado na noite de ontem (19/10) em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana da capital pernambucana

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, avaliou, nesta sexta-feira (20/10), como “covarde” o assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, e alertou que acompanhará o caso.

“Tomei conhecimento do assassinato covarde do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, que atua na primeira instância em Recife (PE). Conversei com o presidente do Tribunal de Justiça do estado, que está em contato com as autoridades locais para apuração célere do episódio e a devida punição dos envolvidos”, disse o ministro em nota. “O Conselho Nacional de Justiça acompanhará os desdobramentos para garantir que a Justiça seja feita. Em nome do Poder Judiciário, presto solidariedade à família e aos amigos”.

O juiz, de 69 anos, foi assassinado na noite de ontem (19) em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. Paulo Torres estava em seu próprio carro quando foi atingido por disparos vindos de criminosos em outro veículo, que fugiram.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) destacou que o magistrado atuou por quase 34 anos e em diversas ocasiões desempenhou atividades como desembargador substituto. “Conhecido como Paulão, o magistrado era muito querido por todos que fazem o Judiciário pernambucano”.

“O tribunal está entrando em contato com as autoridades policiais de Pernambuco e prestará todo o apoio necessário para o rápido esclarecimento do crime e a responsabilização dos culpados”, afirma o TJPE.

Também em comunicado, o Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre) repudiou o assassinato.

“O CONSEPRE espera celeridade na elucidação do crime e a responsabilização rigorosa de todos os envolvidos. Nosso Conselho espera ainda das autoridades competentes medidas urgentes no sentido de resguardar a integridade física e a vida dos membros do Poder Judiciário e de seus respectivos familiares, expostos a situações de risco em razão do exercício do cargo. Preservar a segurança e valorizar o trabalho da magistratura é dever do Estado e um direito da sociedade”, diz a nota assinada pelo presidente da organização, o desembargador Carlos França.

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