O deputado distrital Fábio Felix (PSol-DF) apresentou uma queixa-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por proferir falas homofóbicas em um podcast. Em um post feito na rede social X, Felix pontuou que LGBTfobia é crime e informou sobre a denúncia.
“Apresentamos uma notícia-crime contra o deputado federal Nikolas Ferreira por mais um crime de homotransfobia que ele cometeu. Não podemos naturalizar esse tipo de discurso que pode levar as pessoas à morte”, declarou Fábio.
Na queixa-crime Fábio disse que, “se não bastasse as expressões carregadas de preconceito, de caráter de exclusão, coloca ainda homoafetividade como uma disfunção, uma aberração da qual a pessoa tem que se arrepender”. O deputado distrital destacou que a fala de Nikolas ocorreu “poucos dias antes da influenciadora bolsonarista Karol Eller tirar a própria vida, justamente depois de ser pressionada a se submeter a uma cura gay”.
A declaração homofóbica proferida por Nikolas ocorreu durante participação em um podcast. Na entrevista, o deputado federal disse que o relacionamento homossexual faz com que as pessoas se afastem da “vontade de Deus”, assim como “a bebida, mentira, gula e fofocas”, além de afirmar que a homossexualidade é “ilusão”, “mentira” e que os gays são usados pelo “diabo”.
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Ao longo da conversa, o parlamentar sugeriu ainda diferentes abordagens para tentar "converter" a pessoa LGBTQIA+. “Você não pode chegar e dizer a uma pessoa: 'Se você é homossexual, você vai para o inferno.' Tem maneiras de falar: 'Olha, teu pecado te afasta, o plano perfeito do Senhor é esse, ele morreu por você, ressuscitou, veja o que ele fez para você estar aqui. Deus quer cuidar de você, isso que está acontecendo com você é uma ilusão, é uma mentira, você está sendo usado pelo diabo’”, sugeriu.
Na mesma ocasião, Nikolas também atacou religiões de matriz africana, ao citar Kleber Lucas, cantor gospel que se apresentou na posse do presidente da República. Antes de se converter, Kleber era umbandista: “O cara está tocando na posse do Lula? Quer dizer que o cara está fazendo parceria com um cara que já foi terreiro de Umbanda, como se tudo fosse a mesma coisa? Como isso pode acontecer?”, questionou o parlamentar.
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